Glória Maria foi pioneira para mulheres negras no Brasil

A jornalista e apresentadora Glória Maria faleceu na manhã de hoje (02) no Rio de Janeiro. A repórter faleceu por conta de complicações de um câncer no cérebro. Além de ícone na TV brasileira, Glória foi protagonista e pioneira de diversos marcos para mulheres negras no Brasil.

Primeira repórter negra

Glória é considerada a primeira repórter negra da história do Brasil. Em 1971, a jornalista entrou ao vivo para cobrir o desabamento do Viaduto Engenheiro Freyssinet no Rio de Janeiro.

Reprodução/ Globo

Carreira incomparável

Além de ser a primeira repórter negra da história do país, Maria também foi a primeira jornalista a aparecer ao vivo no Jornal Nacional, principal telejornal brasileiro.

Reprodução/ Globo

Viagens

Glória é uma das jornalistas brasileiras que mais viajaram o mundo. Em 50 anos de carreira, a repórter já conheceu mais de 100 países, acumulando 15 passaportes completamente carimbados.

Reprodução/Twitter

Lei Afonso Arinos

Glória foi a primeira pessoa brasileira a usar a Lei Afonso Arinos, que categorizava racismo como contravensão. "Eu fui barrada em um hotel por um gerente que disse que negro não podia entrar, chamei a polícia, e levei esse gerente do hotel aos tribunais”, afirmou a carioca para o Globo Repórter.

Reprodução/Twitter

Representatividade

Até hoje, Glória é nacionalmente reconhecida pela sua posição de representatividade para mulheres negras na comunicação. Em uma área profissional majoritariamente branca e masculina, a jornalista enfrentou preconceitos e se consolidou como uma das principais apresentadoras da história do país. Em entrevista à rádio CBN, Maju Coutinho, atual apresentadora do Fantástico, afirmou que Maria “foi uma presença fundamental para mim, assim como para outras colegas negras.”

Divulgação

Herdeiras de Glória Maria

O impacto de Glória no jornalismo é imenso. Em entrevista à CBN, a jornalista da TV Cultura Cris Guterres afirmou que criou um grupo com jornalistas negras chamado ‘Herdeiras de Glória Maria’. O intuito do grupo é a “troca de pautas e ideias entre jornalistas negras”, apontou Guterres.

Divulgação/TV Globo

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