Tecnicamente, uma mulher entra em menopausa após ficar um ano sem menstruar, o que é esperado a partir dos 40 anos, ainda que a média nacional seja por volta dos 50, 52 anos.
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No entanto, uma mulher que fique quatro meses sem menstruar antes dos 40 anos de idade é candidata a averiguar se está em menopausa precoce. Quem explica é ginecologista e especialista em fertilidade, Priscila Hime, que faz parte da da Oya Care, a primeira clínica virtual de saúde feminina no Brasil.
"A paciente terá de fazer um exame de sangue para confirmar a falência ovariana precoce, por meio do FSH (folículo estimulante). Se o resultado for 25 ou mais, cofirma essa suspeita diagnóstica, então espera-se um mês e repete-se o exame", explica Hime.
Na maior parte dos casos de menopausa precoce, a causa é indefinida, mas doenças auto-imunes (20% a 30%) e questões genéticas (em torno de 10%) podem levar ao quadro. Mulheres que fazem cirurgia no ovário, quimioterapia e radioterapia também podem entrar em menopausa.
Os sintomas vão depender muito de como ela menopausou. As que foram submetidas a cirurgias e tratamentos costumam ter efeitos mais sérios. As demais vão passar pelo que a maioria das mulheres na menopausa passam: calores, alteração da memória, perda de libido, perda de sono, dores no corpo, entre outros efeitos colaterais.
Diferentemente das mulheres que menopausam na idade esperada, aquelas que entram antes dos 40 vão necessariamente precisar de reposição hormonal. "O risco de doenças ósseas e cardiovasculares é muito grande, não se compara a qualquer malefício dos hormônios", garante a dra. Priscila.
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A mulher em menopausa preoce tem de 5% a 10% de chance de ter uma gestação espontânea. Por isso, se ela não puder engravidar, deve usar tanto o Diu quanto a camisinha. Mas a mulher em menopausa precoce pode engravidar, desde que faça uma fertilização in vitro, com óvulo doado.
"O tratamento não é só reposição hormonal para quem não tem contra-indicação. Exercícios com peso, parar de fumar, boa alimentação, ingestão de cálcio e exposição solar são fundamentais", recomenda Hime.
Também é importante avaliar a parte psicológica, a parte sexual e há muitas que preferem ajustar o tratamento para continuar menstruando. "É como se elas continuassem jovens e existindo", analisa a médica.