5 mitos e verdades sobre os efeitos do álcool na saúde feminina

No mês de conscientização sobre o câncer de mama, o CISA – Centro de Informações sobre Saúde e Álcool alerta sobre os impactos do álcool na saúde feminina

Câncer e álcool

o consumo abusivo tem crescido entre as brasileiras na última década, com uma variação média anual de 4,2%. Segundo a Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer (IARC), o risco de desenvolver o câncer de mama aumenta de 7% a 10% a cada dose* de álcool consumida diariamente. * Uma dose padrão de álcool equivale a 14g de álcool puro, o que corresponde a 350 mL (uma lata) de cerveja, 150 mL (uma taça) de vinho ou 45 mL (shot) de destilado.

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Fator de risco

“É um fator de risco importante e os efeitos do álcool na saúde da mulher vão além do câncer de mama, interferindo em sua qualidade de vida. Por isso, entender essas especificidades é fundamental para o desenvolvimento e o aprimoramento de estratégias de prevenção e intervenção de padrões nocivos de consumo de álcool entre as mulheres”, ressalta a coordenadora do CISA, Mariana Thibes. Confira, a seguir, 5 mitos e verdades sobre os efeitos do álcool na saúde feminina:

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O álcool age da mesma maneira em homens e mulheres

MITO: as mulheres têm maior probabilidade de desenvolver problemas relacionados ao álcool com níveis de consumo mais baixos e em idade mais precoce do que os homens. Isso ocorre devido à composição biológica das mulheres, com menor quantidade de água no organismo e menores níveis de enzimas que metabolizam o álcool, fazendo com que a substância fique mais concentrada em seu organismo e demore mais a ser eliminada.

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Beber não prejudica a fertilidade feminina

MITO: a ingestão abusiva e crônica de bebida alcoólica está relacionada à redução da fertilidade de mulheres. Além disso, estudos nessa área apontam que o consumo moderado a intenso de álcool durante o período que vai da ovulação até a menstruação pode afetar a sequência de eventos hormonais femininos, o que diminui as chances de uma concepção bem-sucedida.

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Mulheres que fazem reposição hormonal e bebem são mais vulneráveis ao câncer de mama

VERDADE: a associação da reposição hormonal (TRH) com o consumo de álcool tem um efeito aditivo ao desenvolvimento do câncer de mama. Usuárias de TRH há cinco ou mais anos que consumiam diariamente 20 g ou mais de álcool (cerca uma dose ou mais) tinham um risco relativo de câncer de mama quase duas vezes maior do que não bebedoras e não usuárias de TRH. Isso ocorre porque o álcool está potencialmente associado ao aumento dos níveis de estrogênio, resultando em um acúmulo, o que pode contribuir para um risco maior de câncer do que apenas o uso de álcool ou a TRH sozinhos.

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Consumo de álcool muda dependendo da fase do ciclo menstrual

VERDADE: pesquisa canadense identificou que há mudança nos hábitos de beber ao longo do ciclo menstrual. As variações dos hormônios femininos estrogênio e progesterona deixam as mulheres mais vulneráveis a sintomas depressivos e ansiosos nas etapas pré-menstrual e menstrual, o que pode estar relacionado ao aumento do consumo nessas fases.

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Não tem problema mulheres grávidas beberem um pouco de álcool

MITO: gestantes devem abster-se totalmente de todo o tipo de bebida alcoólica, pois o consumo de álcool na gestação é a principal causa de deficiência mental não congênita, sendo a Síndrome Alcoólica Fetal (SAF) a forma mais grave, e pode trazer diversos danos à saúde do feto, como complicações cardíacas.

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