Campanha vai contra CPI para investigar aborto de menina de 11 anos

Mapa do Acolhimento pressiona Presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina para impedir que criança que teve acesso ao aborto legal seja perseguida

Foto: Divulgação
CPI Não É Inquisição' permite que população civil envie e-mails para Presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina

A ONG Mapa do Acolhimento criou uma campanha que se posiciona de forma contrária à abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que visa investigar a menina de 11 anos que teve acesso ao aborto legal por ter sido vítima de estupro. A campanha "CPI Não É Inquisição" pressiona o Presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, Moacir Sopelsa, para barrar a investigação.

Segundo a pauta da comissão, o intuito seria investigar o vazamento de dados que envolvem o caso da menina de 11 anos, que corre em segredo de justiça. No entanto, a ONG aponta que a discussão pode seguir por outro rumo.

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“Na prática, a CPI pode criar insegurança jurídica para um procedimento que já é autorizado há 80 anos. Além disso, a investigação desperdiçaria o tempo de profissionais de saúde - no meio de uma pandemia - com interrogatórios intimidadores. Basta de violência, esse é um direito já conquistado! Não podemos permitir que a vida dessa criança seja ainda mais exposta para todo o país”, aponta Lívia Merlim, coordenadora do Mapa do Acolhimento.

A campanha permite que qualquer pessoa participe ao enviar um e-mail para o gabinete do presidente da assembleia, pelo link cpinaoeinquisicao.mapadoacolhimento.org.br . Outros coletivos feministas, como Anis - Instituto de Bioética, CFEMEA, Nem Presa Nem Morta, Cravinas e Rede Feminista de Saúde, também apoiam a movimentação.

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