“Já chorei muito”, diz a cantora gospel Mari Borges sobre críticas na Internet
A cantora Mari Borges acumula milhares de seguidores no Kwai, Instagram e TikTok. Ao IG Delas, ela conta como lida com a exposição e as críticas nas redes sociais
A cantora gospel Mari Borges começou a cantar aos 13 anos, em um grupo de amigas. Aos 17, incentivada namorado da época, passou a gravar vídeos de covers e publicar na Internet. Produzindo semanalmente, ela começou a ganhar visibilidade e hoje seu canal no YouTube apresenta mais de 20 milhões de visualizações . Sua principal ferramenta é o Kwai, aplicativo de vídeos em que possui quase um milhão de seguidores.
“Tem sido uma plataforma que tem dado um enorme apoio e acreditado muito no segmento do gospel. Estou muito feliz também, pois aderi à plataforma há apenas alguns meses e já estamos quase batendo 900 mil seguidores, glória a Deus!”, diz.
Depois disso, em 2018, assinou um contrato com a gravadora Sony Music, lançando suas primeiras gravações profissionais. “Fiquei dois anos na Sony e saí por conta de outra proposta incrível de contrato artístico da Musile Records”, conta.
Mari Borges conta que nem sempre almejou a carreira de cantora. Tímida na infância, ela diz que nunca se imaginou nos palcos, se apresentando para um público numeroso ou se expondo na Internet. “Eu amava cantar, mas em casa apenas. Aprendi que Deus nos chama para algo, talvez algo que você nunca imaginou viver, ou lugares em que você nunca pensou em estar porque sempre tem um plano para nós”.
Segundo a cantora gospel, foi a capacidade que a Internet tem de atingir várias pessoas que a influenciou a compartilhar suas músicas. “Quando vimos que eu poderia apresentar o amor de Jesus a tanta gente com a minha voz, entendemos o poder que a Internet tem de alcançar essas pessoas e o quanto poderíamos influenciá-las falando de Jesus em melodias, cantando sobre tudo que Ele já fez e pode fazer dentro de nós, e, principalmente, ver vidas sendo transformadas. A Internet consegue influenciar pessoas tanto para o bem quanto para o mal. Então por que não fazer parte dos que querem fazer o bem com ela?”, diz Mari Borges.
Mari afirma que existem pontos positivos e negativos em se trabalhar na Internet. Se por um lado ela pode atingir milhares de pessoas, por outro deve lidar com a pressão de constantemente precisar aparentar estar bem emocionalmente. “Estamos sempre expostos, e isso às vezes é ruim porque as pessoas sempre esperam que estejamos bem, felizes e sorridentes. Nem sempre estamos assim. Temos sempre que demonstrar que está tudo legal para que os outros não achem que não os tratamos bem”, diz.
Sobre as críticas, a cantora pontua que foi se adaptando com o passar dos anos. “Quem se expõe está sujeito a críticas. Isso acontece e continuará acontecendo sempre. Somos seres humanos, com defeitos e falhas, opiniões e até objetivos diferentes. Quando comecei, eu era muito imatura, não entendia nada da vida. Então, elas acabaram me abalando e já me fizeram chorar muito”, diz.
“As críticas só pararam de me desestabilizar quando entendi quem eu era em Jesus e para quem eu estava cantando. Fixei os meus olhos em Jesus e segui fazendo o que amava sem dar ouvidos a essas críticas”, completa.
Dentro da igreja, Mari Borges diz que não existem impedimentos ao seu trabalho nas redes sociais. “É tranquilo demais, até porque hoje o pessoal tem entendido mais que a Internet é uma ferramenta enorme e poderosa para proclamarmos o evangelho de Jesus. As pessoas estão doentes demais lá fora, sedentas de algo que procuram talvez em lugares ruins. Podemos trazer a única coisa que pode preencher todo o vazio que existe dentro delas, que é Jesus, o remédio das feridas, o alívio das dores e o único caminho da salvação”, explica.
** Beatriz Neves é estudante de jornalismo. É estagiária de Soft News do iG desde março de 2021 e já escreveu para as editorias Delas, Receitas, Turismo, Gente, Canal do Pet e Queer. É apaixonada por tudo o que envolve livros, cinema e música, principalmente os clássicos.