Coletivo de Mulheres transforma peças de artesanato em independência financeira

Liderado por Helena Bork Saad, marca hoje conta com 20 empreendedoras de de São Luiz do Paraitinga

Helena Bork Saad
Foto: Angelo Pastorello/Reprodução
Helena Bork Saad

A Aparaitinga surgiu em 2016, quando a fundadora, Helena Bork Saad, decidiu aprender a fazer crochê e com a ajuda de duas amigas da região, desenvolveu sua primeira peça: top de verão personalizado. 

Praticando cada vez mais a costura, Helena passou a notar a personalização em cada peça de artesanato e passou a admirá-las cada vez mais. “Aos poucos fui percebendo a riqueza local em cada objeto que, até então, não havia reparado e, com algumas conversas com pessoas da região, notei que havia uma escassez de trabalho, foi o estalo para que começasse a desenvolver a Aparaitinga”, comenta a fundadora. 

“Encantada com a região desde criança e sabendo do histórico financeiro dessas mulheres, tracei como meta ajudar as artesãs locais, que faziam as peças com tanta qualidade, apreço e amor, para ajudar a devolver a autoestima e independência financeira”, explica Helena sobre o propósito da marca.

A partir de então, a Aparaitinga tornou-se um coletivo de mulheres da zona rural da cidade de São Luiz do Paraitinga - SP, capaz de transformar cada peça em um poder pessoal. A notícia se espalhou pela cidade pequena e, logo, mais mulheres foram aderindo ao projeto. 

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“A Helena nos fornecia todo material necessário para a produção, nós produzíamos e ela as revenderia na plataforma online da marca, remunerando cada uma com o valor justo e merecido do trabalho. À medida que a marca foi crescendo, nós começamos a ter cursos semanais de artesanato para que desenvolvêssemos ainda mais as habilidades”, comenta a Daniela Carvalho Lobo, artesã que está desde o início no projeto. 

“Contamos hoje com 20 mulheres fortes e potentes, que estão em busca de um sonho e trabalham de forma slow fashion, ou seja, nos opomos a qualquer tipo de trabalho escravo de marcas fast fashion. Valorizamos nossas mulheres, o trabalho artesanal, o investimento de tempo de cada uma em cada peça e, por isso, pagamos a elas o valor honesto e digno de cada produção”, finaliza Helena Saad. 

As peças estão disponíveis no site da Loja Aparaitinga .