Pesquisa mostra que 83% dos brasileiros buscam satisfação sexual no adultério
O relatório 'O Pecado da Infidelidade' analisa o impacto da religião na infidelidade no casamento
Por iG Delas |
Adultério é pecado? Para religiões cristãs, como a católica e a protestante, sim. Mencionado duas vezes nos dez mandamentos, o adultério é algo grave na religião. Mas os adúlteros parecem não se importar com qualquer castigo divino.
Segundo a pesquisa 'O Pecado da Infidelidade', do site de relacionamentos extraconjugais Ashley Madison, 83% dos brasileiros que estão no site procuram satisfação sexual em casos fora do casamento, mas 70% dos entrevistados acreditam que a religião deve seguir ensinando que o sexo é apenas para procriação.
Diferente da suposição de que adúlteros não têm religião, no site, 66% dos usuários têm afiliação religiosa, apenas 17% são ateus ou agnósticos. Além disso, 37% afirmam que a religião é importante para eles ou é o centro da vida.
Apesar de 31% dos católicos e 41% dos protestantes e anglicanos acreditarem que a infidelidade é pecado, 89% dos membros dizem que trair não influencia na devoção religiosa.
Dos casados que traem, 56% recorrem à oração para reconciliação. Seja de maneira regular ou eventual, 16% dos infiéis oram para que sua infidelidade seja perdoada, 13% para que o sexo conjugal melhore e 13% rezam por uma vida sexual melhor de forma geral.
Você viu?
Apesar disso, a crença nem sempre se relaciona com a prática
Segundo o relatório do site, a maioria dos cristãos se dividem entre querer progresso e acreditar que as coisas estão bem do jeito que estão.
Entre ideais como fazer sexo apenas para procriação, exclusividade sexual com o cônjuge, desencorajamento da sexualidade feminina e o adultério ser um pecado, os únicos ensinamentos religiosos que os entrevistados pensam que devem ser revisados são: sexo antes do casamento (51%) e que o casamento seja um vínculo sagrado (54%).
Católicos têm vida sexual mais plena
Vários infiéis entram no site de relacionamento procurando satisfação sexual que não têm no casamento. No entanto, os católicos se relacionam tanto com seus affairs quanto com os cônjuges.
Enquanto 21% dos protestantes, 19% dos ateus fazem sexo poucas vezes na semana com os cônjuges, 28% dos católicos fazem em várias vezes na semana.
O perdão pela infidelidade é abundante
Na pesquisa, 32% dos amantes relatam ter sido descobertos pelos cônjuges. Destes, 81% foram perdoados por isso. Por outro lado, 28% dizem que foram traídos e destes, 86% perdoaram. Entre os membros do site, o perdão pela infidelidade é grande.
Entre crentes e ateus, há uma ligeira diferença. Enquanto 91% dos protestantes e 87% dos católicos perdoaram a infidelidade, 84% dos ateus e agnósticos perdoaram. Da mesma forma, 84% dos protestantes e 83% dos católicos foram perdoados pelo 'desvio', enquanto 79% dos ateus podem dizer o mesmo.
Na maioria das vezes, casos extraconjugais foram e podem ser perdoados. A pesquisa mostra que por mais grave que seja o pecado na Bíblia, há um nível de adaptabilidade, especialmente pela evolução de pensamento e abandono de percepções antiquadas.