Cinco mulheres indígenas para começar a seguir nas redes sociais
Essas cinco mulheres pertencentes a diferentes povos indígenas falam sobre cultura e política indígena, espiritualidade, preconceito, fazem rap e muito mais
O Dia Internacional da Mulher está chegando. Nesta ocasião é hora de relembrar o ativismo de mulheres no mundo na busca de um mundo mais igualitário para todos os gêneros. As mulheres indígenas estão presentes nos movimentos de mulheres reivindicando direitos, divulgando informação e produzindo conteúdos diversos sobre a questão indígena, cultura, espiritualidade e outros temas. Confira a seguir uma lista com cinco mulheres indígenas para conhecer mais sobre suas causas.
Alice Pataxó
É ativista, palestrante e comunicadora indígena. Estudante da Universidade Federal do Sul da Bahia e fundadora do canal Nuhé, que fala sobre literatura indígena e informações em geral.
Em suas redes, Alice fala sobre sobre a diversidade indígena, cultura, espiritualidade, homofobia e homossexualidade indígena. A influenciadora também debate a situação dos povos com a pandemia da Covid-19. No Instagram, a ativista acumula 57,6 mil seguidores, 72,7 mil no Twitter e 5,6 mil inscritos no Youtube.
Kaê Guajajara
Ativista, cantora e educadora, Kaê Guajajara faz músicas politizadas que ressaltam a importância dos povos indígenas no Brasil. A artista se joga no funk e no rap com muitas referências aos povos originários. Nas redes sociais, ela fala da vivência, do preconceito e sobre os estereótipos que os povos indígenas enfrentam ainda hoje.
Em seu perfil, Kaê disse que uma das maiores dificuldades na veiculação do seu trabalho por ser mulher indígena é as pessoas não reconhecerem que os povos originários podem ser artistas. Ela escreveu o livro "Descomplicando com Kae Guajajara" que coloca em pauta o que é preciso saber sobre os povos originários e como ajudar na luta antirrascista.
Sônia Guajajara
Sônia Guajajara é líder indígena, formada em Letras e em Enfermagem. Ela foi a primeira indígena pré-candidata à presidência do Brasil, na eleição de 2018. A militância de Sônia combateu vários projetos de lei que ameaçavam o meio ambiente.
A líder é reconhecida internacionalmente e uma figura muito importante para a pauta indígena, o que a levou a receber o prêmio Ordem do Mérito Cultura, do Ministério da Cultura. Além disso, ela acompanhou Petra Costa na premiação do Oscar em 2020, representando os povos indígenas brasileiros.
Nas redes sociais, Sônia fala sobre a realidade indígena e alerta sobre o cenário político em leis que podem afetar o meio ambiente e os povos indígenas. Ela acumula 351 mil seguidores no Instagram e 95,2 mil no Twitter.
Katú Mirim
Assim como Kaê, Katu também domina o mundo da música com seus raps que falam da resistência dos povos indígenas, além de relembrar a importância de deixar os estereótipos de lado. Em 2018, a cantora levantou a hashtag #ÍndioNãoÉFantasia, que viralizou e colocou em discussão o uso da fantasia "de índio" no carnaval.
A artista tem 36 mil seguidores no Facebook, 56,7 mil no Instagram, 4,24 mil inscritos no Youtube. Nas redes sociais, os assuntos que alimentam seu feed são sua vida pessoal, pautas que influenciam a vida indígena e preconceito. Ela também é fundadora do coletivo indígena LGBTQIA+ Tibira.
Djuena Tikuna
É cantora, artista, jornalista e foi a primeira indígena a protagonizar um espetáculo no Teatro Amazonas. No CD "Tchautchiüãne", a artista interpreta o Hino Nacional na língua Tikuna. Ela também lançou o documentário WIYAE e um portal com o intuito de divulgar e dar mais visibilidade aos artistas indígenas, além de informar sobre esses povos.
No Instagram, ela tem 17,7 mil seguidores, 3,05 mil inscritos no Youtube.