Jornalista comenta a entrevista com Robinho: "Que bom que existem feministas"
A repórter Talyta Vespa participou da entrevista com o jogador sobre a condenação em primeira instância por estupro
Por iG Delas |
A Justiça italiana condenou Robinho em primeira instância por violência sexual de grupo. Na última semana, o Globo Esporte divulgou áudios do atleta conversando com um amigo sobre o assunto
. Após isso, o jogador de futebol, que iria ser contratado pelo Santos
, deu uma entrevista ao Uol Esporte falando sobre a condenação.
Na tarde desta segunda-feira (19), a jornalista Talyta Vespa, que realizou a entrevista junto a Eder Traskini, participou ao vivo do programa "Redação SporTV" e comentou como foi a experiência de entrevistar o jogador. A repórter disse que a equipe do atleta fez a restrição de que somente um dos jornalistas faria as perguntas, Eder, mas permitiram que ela fizesse uma pergunta ao final da gravação.
No programa do SporTV, Talya disse que sentir que a equipe de Robinho preferiu que ele não fosse questionado por uma mulher. "Eu senti, mais uma opinião minha, que para eles era desconfortável que uma mulher perguntasse", contou. "O próprio Robinho disse: 'Ah eu tava meio assim de uma mulher fazer perguntas'. Não sei o que ele quis dizer com isso", a jornalista falou. Ela completou que entende que o teor das perguntas em uma entrevista com esse tema, uma condenação por estupro, mude quando ela é feita por uma mulher e acredita que isso pode ter causado o receio da equipe do jogador.
Movimento Feminista
Durante a entrevista ao Uol esporte, Robinho também disse que "infelizmente, existe esse movimento feminista". "Eu acho que aquela afirmação dele é quase um estudo antropológico. É uma afirmação que diz tanto sobre o que a gente tem vivido e passado", Talyta comentou.
"Felizmente, existem movimentos feministas. Que bom que existem movimentos feministas que pressionem um clube sobre a contratação de um condenado em primeira instância por estupro", a jornalista completou.