Homens que menstruam: campanha dá visibilidade à menstruação de homens trans

A empresa britânica Callaly quer criar uma narrativa que inclua todas as pessoas que menstruam

Não são apenas mulheres que menstruam e nem todas as mulheres menstruam. Isso pode paracer confuso para muita gente, mas não deveria ser assim e é para acabar com essas dúvidas que uma campanha foi lançada. A empresa britânica Callaly, voltada para produtos orgânicos de menstruação, lançou uma campanha para falar sobre a representatividade de pessoas que menstruam, que podem ser homens trans e não binários , por exemplo. 

O autor Vic Jouvert é um dos rostos da campanha
Foto: Reprodução/Instagram
O autor Vic Jouvert é um dos rostos da campanha

A empresa contou com um post no Instagram que eles realizaram uma pesquisa e 66% dos entrevistados disse que não se sente representado por campanhas sobre menstruação. Querendo mudar esse cenário, a Callaly decidiu repostar a história de 13 pessoas reais, de diferentes gêneros, falando sobre seus períodos menstruais. "É hora de nós reconhecermos que não são apenas mulheres cisgêneros que menstruam. Um dos nossos primeiros clientes foi um homem", falou Kate Huang, responsável pelo marketing da Callaly, em entrevista à Forbes. 

Um dos rostos escolhidos ara estrelar essa campanha é o autor Vic Jouvert, que é um homem trans. "Eu sempre escutei que era uma garota e que depois me tornaria uma mulher. Então, a minha menstruação era só uma evidência física de que a minha biologia não combinava com quem eu sempre fui", ele contou. 

"Dessa maneira, minha menstruação sempre foi um lembrete do que eu não sou. Era como se o meu corpo me dissesse que eu tinha que aceitar a inevitabilidade de ser uma mulher", Vic continuou. Porém, o autor acredita que essa experiência pode ser diferente para outros homens trans. "Representatividade é tudo e pode mudar a maneira como você se sente sobre a sua experiência. Ver alguém masculino e que menstrua permite outras pessoas saberem que a experiência delas com a menstruação também é valida", ele concluiu.