É fato que o movimento pela positividade corporal está mudando a forma como as pessoas pensam sobre o "corpo perfeito". Ainda assim, há uma longa jornada a ser percorrida até quebrar completamente com a ideia de que é preciso seguir os padrões de beleza para se sentir linda — mesmo porque esses ideais estão sempre mudando ao longo dos anos.
É exatamente essa questão de como os padrões de beleza sempre mudam que a blogueira fitness Cassey Ho quer discutir. No Instagram, a norte-americana publicou uma série de fotos que foram editadas para se encaixar na ideia de corpo perfeito em diferentes anos e períodos históricos. O objetivo é mostrar que, na realidade, esse estereótipo idealizado não existe.
As fotos representam os corpos de cada época, partindo de 2018 até o período de 1400 — e as mudanças dos "ideais de perfeição" são claras. Atualmente, o que está "em alta" é o bumbum grande, os quadris largos, a cintura finas e os lábios cheios. Entretanto, os padrões de beleza na década de 90 e no início dos anos 2000 exigiam um "espaço entre as coxas", além de barriga chapada e seios grandes para serem considerados corpos ideais.
No início dos anos 90, a tendência era ser super magra. "Ter uma estrutura óssea angular e a aparência magra era o que estava dominando as passarelas e as capas das revistas na época. Havia até um nome para isso: 'heroína chique'", detalha na legenda. Os anos 50 foram marcados pelo tipo físico de ampulheta, influenciado por famosas como Marilyn Monroe e Elizabeth Taylor: quadris largos e cintura fina.
Na década de 1920, o que chamava atenção era uma aparência mais "masculina" e andrógina, com seios pequenos e um corpo reto. "As mulheres escondiam suas curvas, amarrando os seios com tiras de tecido para usar vestidos mais justos." Voltando ainda mais no tempo, o corpo feminino no período entre 1400 até 1700 era considerado "perfeito" se fosse o mais curvilíneo possível, já que gordura era um sinal de saúde e riqueza.
Por que seguir o ideal do corpo perfeito é uma coisa ruim?
Segundo Cassey, esses padrões impostos faz com que tratemos nossos corpos como "descartáveis" porque queremos nos adequar. "Por que tratamos nossos corpos como fazemos com a moda? 'Peitos estão em alta! Bundas estão em baixa!' A realidade é que costurar corpos é muito mais perigoso do que fazer roupas. Parem de descartar os corpos de vocês como 'fast fashion'", escreveu na publicação.
Com essa série de fotos editadas, a influenciadora quer mostrar como não é preciso seguir essas tendências só porque é o que está sendo considerado "bonito" no momento. O mais importante, em todos os casos, é que cada um se sinta bem consigo mesmo, independente do biotipo ou aparência. "Tratem seus corpos com amor e respeito, sem sucumbir aos padrões. Aceitem seus corpos como são porque vocês têm um corpo perfeito ", finaliza.