Ser mulher em uma sociedade que é naturalmente machista já implica muita coisa. Quem é mulher sabe que vai ser olhada e tratada de forma diferente apenas por ser mulher, mas, felizmente, muita coisa já mudou. Acontece que cada uma de nós não é apenas uma mulher. E as mulheres empoderadas que podem nos servir de exemplo tiveram de superar muito mais que o machismo para conseguir se amar de verdade.
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São mulheres gordas, mulheres com deficiência, com transtornos de imagem ou alimentar, mães solo ou não, lésbicas, mulheres negras e por aí vai. Mulheres que provam que a luta para se amar como se é de verdade é mais difícil do que parece, mas é possível de ser vencida, principalmente quando nos unimos. Para isso, separamos oito mulheres empoderadas para você começar a seguir nas redes sociais neste Dia das Mulheres . Confira:
1. Louie Ponto
Youtuber, mestranda em literatura, vegetariana e louca dos gatos, como se define em sua página no Instagram, Louie foge do padrão de feminilidade, então fala muito sobre estereótipos de gênero em seu canal no YouTube. A jovem também é lésbica, então ainda trabalha com o público temas que tratam da temática LGBT. Seu vídeo mais popular, inclusive, é o que ela comenta sobre as “pegadinhas” que estavam sendo feitas na plataforma de vídeos em que mães eram “trolladas” por filhos que mentiam dizendo que eram lésbicas ou gays. Ah! E além de tudo isso, ela também canta.
2. Luiza Junqueira
"Humana, youtuber feminista, bodypositive. Tento te mostrar que tá tudo bem você ser do jeitinho que você é". É desta forma que Luiza Junqueira, uma das mulheres empoderadas d web, resume em poucas palavras o que é. Dona do canal "Tá Querida", é também a idealizadora da "tour pelo corpo", que incentivou diversos influenciadores a mostrar aos seguidores quais suas "imperfeições" em relação ao corpo e tudo o que já os deixou com receio de se mostrar como são de verdade. Em seu canal, não fala apenas de gordofobia, machismo, outros preconceitos e autoaceitação, ela também dá dicas de uma alimentação mais saudável e equilibrada.
3. Ana Paula Xongani
Um dos vídeos de Ana Paulo no YouTube que mais chamou atenção foi o que ela critica um livro infantil que, teoricamente, tinha o objetivo de ser representativo para crianças com cabelo crespo. Sendo uma mulher com cabelo crespo e também sendo mãe de uma menina com cabelo crespo, ela notou no livro mais preconceitos do que empoderamento propriamente dito. Mas Ana Paula não fala só sobre maternidade, e até mesmo vídeo com Drauzio Varela já publicou em seu canal para falar sobre saúde da mulher negra.
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4. Larissa Jorge
A YouTuber está desde 2011 na plataforma de vídeos, e mais de um milhão de pessoas já assistiram a seus tutoriais de maquiagem. Até aí, você pode pensar que muitas mulheres fazem vídeos sobre makes, mas não como Larissa Jorge, que é surda. Sabendo quão difícil é encontrar tutoriais ou vídeos de qualquer tema em libras ou pelo menos com legendas, ela decidiu iniciar o próprio canal para dar maior representatividade a mulheres e também homens com deficiência auditiva .
5. Mariana Torquato
Com o canal dela, Mariana Torquato “vai te dar uma mãozinha” para entender melhor sobre o preconceito com pessoas com deficiência física. De um jeito super natural e sincero, ela mostra que uma deficiência não impede ninguém de fazer nada. Mesmo tendo iniciado o canal “Vai uma mãozinha ai?” só em 2015, já são de mais de 2,7 milhões de visualizações em suas produções.
6. Gabi Oliveira
Não se engane pelo sorriso contagiante, Gabi de Oliveira sabe ser séria quando precisa e tratar de assuntos super importantes e urgentes, como colorismo, autoestima da mulher negra, costas raciais, estereótipos, apropriação cultural, solidão da mulher negra e assim vai. Por outro lado, não se engane pelos assuntos super sérios, Gabi também ama falar de maquiagem, cabelo, viagens, cuidados com a pele… afinal, ela não precisa falar apenas de racismo só porque é uma mulher negra. Mais que perfeita para nossa lista de mulheres empoderadas.
7. Beatriz Diaféria
Se você entrar no Instagram de Beatriz Diaféria, vai encontrar a atriz. Já se entrar na página do canal Yo Ban Boo, vai encontrar a Beatriz que trata de assuntos pouco falados, como as situações que asiáticos brasileiros passam no dia a dia. Asiáticos brasileiros? Sim, pessoas que são descendentes de asiáticos e vivem no Brasil. Neste caso, a vivência é diferente de pessoas negras, mas eles também fogem do padrão branco e acabam sofrendo com alguns preconceitos. Por exemplo, você já deve ter ouvido que um japonês passou na USP só por ser asiático, mas será que ele não apenas estudou para conseguir passar no vestibular mais concorrido do país?
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8. Isabella Trad
“Creator, modelo plus, a louca dos stories”, como se define no Instagram, Bells vai, com certeza, te fazer sorrir. E é assim que ela trabalha sua militância. Diferentemente de outras mulheres empoderadas que colocam a cara nos vídeos para falar de tabus e assuntos super sérios, a modelo trabalha para provar que pessoas como ela, que fogem do padrão magro, podem ser feliz e e se acharem lindas, além, é claro, de colocar a bunda no chão sem medo – veja o Insta dela e você vai entender. O melhor da Bells é que, quando o mundo parecer um lugar triste demais para se viver, com apenas um stories ela pode transformar seu dia.