Desde os 11 anos de idade, Hailey Wait, hoje com 17, sofre com acne severa. A jovem americana tem várias marcas pelo rosto e, ao mesmo tempo, sofre com as dores que o problema causa. Entretanto, precisou por muito tempo também se preocupar com os comentários e olhares maldosos que sofria por conta de sua condição, até que decidiu se aceitar.
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Hailey, que às vezes usava maquiagem até mesmo dentro de casa para esconder as marcas da acne , decidiu parar de usar base, produto essencial para esconder as chamadas imperfeições do rosto. Além disso, continuou a publicar suas fotos nas redes sociais, mesmo com as espinhas aparentes, para dar apoio a outros jovens que sofrem com o preconceito . Atualmente, só no Instagram, são 96,5 mil seguidores da jovem que também é artista.
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Entre um desenho e foto feitos por Hailey, aparecem também imagens dela mesma como modelo – uma mais incrível que a outra. “Eu parei de usar base porque percebi que não estava fazendo nada por mim. Eu apenas estava me escondendo e senti que cada vez que eu saia de casa não estava sendo eu mesma. Eu abracei minha acne quando parei de me esconder e passei a ser real comigo mesma e com as outras pessoas”, diz a jovem em entrevista à “Barcorft TV”.
Diferenças
Hailey afirma que as pessoas a tratavam de forma diferente quando ela usava base e, por conta disso, ela acabava se forçando a estar sempre incrível. “Quando eu comecei a postar mais fotos minhas sem maquiagem, eu definitivamente passei a receber muito ódio porque as pessoas não estavam acostumadas com aquilo. Recebi vários comentários sobre como eu deveria lavar meu rosto, como se eu já não estivesse fazendo isso, e inúmeros conselhos sobre espinhas, mesmo que eu nunca tenha pedido.”
Mesmo assim, Hailey tem certeza de que influenciou positivamente muito mais pessoas. Hoje, ela se tornou um exemplo para as pessoas que têm uma “imperfeição” tão comum. Ela alerta a seus seguidores, porém, de que a mudança não é tão fácil.
Em uma publicação no mês de dezembro, ela revela que provavelmente não é tão confiante quando parece. “Ainda estou no processo de me amar por tudo que eu sou. É uma coisa que leva tempo, especialmente se você vem sendo tratado de forma horrível por tantos anos. É difícil me amar quando eu não tenho forças para levantar da cama ou completar tarefas básicas”, diz a legenda de uma das fotos.
“Em um mundo designado para pessoas com corpos e cérebros completamente funcionais, pode ser muito difícil se amar quando o mundo parece te odiar. Acne é a última da minhas inseguranças”, afirma também.
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Apesar das dificuldades do processo de autoaceitação, as mudanças que já conquistou a fizeram destinar a maquiagem que ainda tem em casa apenas para ocasiões especiais. Com isso, ela quer inspirar ainda mais pessoas e espera que sua história com a acne ajude cada mulher e homem com espinhas a entender que só porque eles têm alguma “imperfeição” não significa que não sejam incríveis. “Não significa que você não terá sucesso, não significa que você não será glamourosa. A beleza vai muito além do nosso rosto.”