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Prazer & Sexo

A sexóloga Fátima Protti responde dúvidas das leitoras

Fátima Protti é psicóloga, terapeuta sexual e de casal; pós-graduada pela USP e autora dos livros “Vaginismo, quem cala nem sempre consente" e "Sexo, Amor e Prazer"

Falta de lubrificação na menopausa

Gel à base de água, cremes, anéis vaginais, implantes e até aumento no tempo de carícias podem ajudar a resolver o problema

17/09/2012 15:34

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Olá Fátima. Estou com problema de lubrificação, pois já estou na casa dos cinquenta e poucos. Tenho vontade de transar, porém acontece essa dificuldade de lubrificação. E isso acarreta desconforto e até posteriores problemas. Como eu posso resolver isso? Existe algum remédio? Como comprar um lubrificante adequado? O que devo observar?

Cara leitora, a falta de lubrificação nessa faixa etária geralmente está associada ao climatério ou à menopausa, período em que ocorrem alterações da genitália e neuropsíquicas e hormonais, como a queda do estrógeno.

Nessa fase, a libido também pode ficar prejudicada. Contudo, sua queixa e de tantas outras mulheres está relacionada aos incômodos ou às dores provocadas pelo ressecamento. Em alguns casos, durante o coito, o atrito pode ferir a parede da vagina, provocando sangramento. A secura vaginal deixa a mulher vulnerável a inflamações e infecções, causando coceiras e queimação.

Uma forma prática de resolver o problema é usar um gel à base de água que é facilmente encontrado nas farmácias. Ele pode ser usado com frequência pelo casal não só para a penetração, mas na prática da masturbação, sexo oral e anal. É um ótimo recurso para tornar a relação prazerosa, aumentar a segurança durante o coito e a autoestima – porque a mulher se sente sexualmente ativa.

Lubrificantes à base de óleo não são recomendados, pois podem provocar irritação vaginal.

Cremes e anéis vaginais, adesivos, comprimidos e implantes cutâneos fazem parte da terapia de reposição hormonal, que é uma maneira de prevenir ou minimizar as alterações e os sintomas. Contudo, só poderão ser utilizados após uma avaliação do ginecologista. A avaliação considera o histórico de saúde da paciente, os hábitos alimentares, o estilo de vida, o resultado dos exames hormonais, entre outros.

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Existem no mercado tratamentos alternativos, como os fitoterápicos e a acupuntura, mas nada deve ser feito sem a indicação médica porque cada uma tem sua história.

Quanto ao sexo, nessa fase o casal precisa prolongar o tempo de carícias para minimizar a perda da sensibilidade das regiões erógenas, achar melhores posições, fantasiar e abusar do afeto. A troca emocional e a saúde física são determinantes para a saúde sexual da mulher, já que os hormônios não são os únicos vilões dessa história.

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Sobre o articulista

Fátima Protti - [email protected] - Fátima Protti é psicóloga, terapeuta sexual e de casal; pós-graduada pela USP e autora do livro “Vaginismo, quem cala nem sempre consente" - Site: www.fatimaprotti.com.br

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