Decidi adotar um bicho porque estava sozinha, com depressão e síndrome do pânico

No dia da adoção, veja histórias de pessoas que adotaram animais e ganharam melhores amigos

Ter um animal de estimação é algo que requer responsabilidade, cuidado, amor e carinho. Muitas pessoas compram um bichinho por impulso e acabam não conseguindo cuidar dele e essa é a causa da maioria dos casos de abandono. Esses animais ficam, então, perambulando pelas ruas em busca de alimento ou em abrigos, que estão cada vez mais lotados. 

Daí vem a grande importância da adoção: salvar e dar carinho a quem precisa e receber o mesmo em troca. Hoje, quarta-feira (25), é o dia da adoção e separamos algumas histórias inspiradoras de pessoas que adotaram seus bichinhos de estimação e hoje possuem melhores amigos. 

Isabella Barboza e Vampirella

Foto: Arquivo pessoal
Isabella Barboza e Vampirella

"Decidi adotar a Vampirella porque estava muito sozinha e, como tinha sido diagnostica com depressão e síndrome do pânico, achei que uma companhia assim poderia me ajudar a me amar, me conhecer e ficar melhor. Adotei em uma clínica na zona norte de São Paulo que a achou com mais 6 pretinhos numa caixa na rua. Ninguém quer gatos pretos, mas a amei assim que a vi. Temos uma relação boa e amorosa, ela desabafa comigo e eu desabafo com ela. Ela dorme na mesma cama que eu, em cima do travesseiro. Ela sente saudade porque fico muito fora de casa, mas sempre arranjo um jeito de vê-la no meio do dia." 

Tamiris Oliveira e Lua

Foto: Arquivo pessoal
Tamires e Lua


"Eu sempre gostei muito de animais, principalmente de cachorros. Já tinha um shihtzu, o Rocky. Eu estava feliz, mas não aguentava ficar vendo outros cachorros na rua e queria adotar. Trouxe para casa dois cachorros que me seguiram, mas eles eram da rua mesmo e não quiseram ficar (sim, isso acontece!). Até que, em 2014, minha mãe foi ao mercado, e na volta viu uma cachorrinha perdida próximo de casa. Me ligou e perguntou: 'você quer tentar pegar?' - eu não pensei duas vezes.

'A vida depois da adoção mudou totalmente, o coração balança toda vez que vejo um cão na rua sozinho, com fome e sem carinho"

Foi a melhor coisa que fiz, mesmo tendo passado por algumas dificuldades. Ela tem um tipo de alergia a produtos químicos, solta muito pelo e a pele fica avermelhada. Por conta do tempo que passou na rua, ela se tornou extremamente "ciumenta" com sua comida. Ela tem pavor de ver as pessoas indo embora, quando ficava no quintal e nos via fechando o portão e indo embora, ela tentava passar por entre as grades. Mas esse comportamento, é claro, vem dos traumas que ela teve morando na rua.

Se eu pudesse, adotaria mais animais. Mas existe a questão financeira e principalmente de espaço. Enfim, eu não sei o que seria da minha vida sem eles. Mas a vida depois da adoção mudou totalmente, o coração balança toda vez que vejo um cão na rua sozinho, com fome e sem ter um carinho. Hoje em dia acompanho ONGs e alimento os animais que encontro pela rua."

Bruno Capozzi e Penny

Foto: Arquivo pessoal
Bruno Capozzi e Penny

"Eu vivo com gatos adotados desde que nasci. Em nenhum período da minha vida fiquei sem ter bichos de estimação e nem me imagino sem eles. O processo de adoção é bem tranquilo e o bem que a gente faz aos bichanos adotados é totalmente compensado com o amor deles. Quem não tem muita afinidade com animais costuma achar estranho, mas eu considero meus gatos parte da família e tenho uma relação muito próxima e afetiva com eles. É muito mais fácil do que lidar com seres humanos. Essa na foto é a Penny, adotada no final do passado. Chegou com uns 2 meses de vida e em poucos dias já fazia a alegria da casa. É muito amorosa e totalmente maluquinha;" 

Camila Salomão e Lara

Foto: Arquivo pessoal
Camila Salomão e Lara


"A amiga da minha mãe comentou com ela que a 'carrocinha' recebeu uma denúncia que tinha um monte de cachorro amarrado em uma casa perto da dela, sem comida e água e que até cachorro morto tinha por lá. Prenderam o dono e levaram os cachorros, só que um deles fugiu e voltou para a casa. Essa amiga da minha mãe viu e o resgatou. Era a Lara. Decidimos adotar. No início ela tinha medo de tudo, não nos dava atenção, mordia todo mundo, não gostava de passear porque tinha medo dos carros, do barulho e não era muito carinhosa. Ela já sofreu muito, mas agora está bem melhor, ama passear, é um amorzinho, gosta de atenção e de brincar. Depois que ela chegou lá em casa tudo mudou. Ter um animal de estimação faz muito bem para qualquer pessoa, eles levam alegria, são a melhor companhia."

Gabriella Nucci e Cumpadi Mocotó 

Foto: Arquivo pessoal
Gabriela Nucci e Compadi Mocotó

"Uma amiga encontrou alguns filhotinhos abandonados em um terreno próximo da casa dela, como eram muitos ela não sabia o que fazer, resgatou todos e os colocou para adoção. Logo que vi as fotos me apaixonei por um e resolvi adotá-lo. Passei um pouco de dificuldade porque, inicialmente, minha mãe não foi a favor da adoção porque já tínhamos um cachorro em casa, tive que insistir. O Cumpadi Mocotó é o gatinho mais carinhoso e arteiro que eu já vi, faz muita companhia e adora um carinho, é muito amor. Depois da chegada dele eu percebi que gatos também são grandes companhias, gostam de estar por perto, de brincar e de passar horas do seu lado.Ter um gatinho foi uma das melhores decisões que tomamos."

Claúdia Nogueira e Peter

Foto: Arquivo pessoal
Cláudia Nogueira e Peter


O Peter faz parte da família, sempre o chamo de filho, porque é isso que ele é pra mim"

"O Peter era filhotinho ainda quando meu pai o viu do lado da loja onde trabalha, o pegou e o levou para casa. A intenção não era ficar com ele, mas óbvio que eu não deixei isso acontecer. Desde o começo, sempre fui muito apegada a ele, mas o resto da casa demorou para se acostumar. Tínhamos mais uma cachorrinha, a Kakau e meus pais tentavam achar vários motivos para não ficar com o Peter, mas não deu certo e ele conquistou a todos. O Peter faz parte da família, sempre o chamo de filho, porque é isso que ele é pra mim. Ter um cachorro em casa muda tudo na sua vida, é uma responsabilidade, mas é uma alegria que não tem preço. O amor de qualquer cachorro é incondicional, mas acredito que cachorros adotados são muito gratos, eles sabem que você os salvou. E eu e minha família somos mais gratos ainda por tê-lo em nossas vidas."

Francine Olivieri e Milk

Foto: Arquivo pessoal
Francine e Milk

"Uma conhecida da minha mãe estava doando o Milk. Ele já tinha passado por 3 casas diferentes e não se adaptado com as outras famílias e animais. Lembro que quando chegou em casa, ele ficou quase uma semana escondido (com medo). Estava passando por um período de transição, então fiquei bastante tempo em casa e isso ajudou muito.

Ele faz parte da família... Sem ele, minha casa é vazia e sem graça"

Com muita paciência e carinho ele foi se soltando e acabou me “adotando”. Se tem gente em casa, ele está no meio da rodinha, se estou vendo televisão, ele vai para o sofá ficar deitado junto. Quando volto do trabalho, ele fica alerta com meus passo no corredor e vai me receber na porta, pronto para ganhar um cafuné. Fico preocupada com o bem estar - alimentação, exames de rotina, banhos -, principalmente quando não estou. Se viajo, por exemplo, alguém fica em casa para cuidar dele.

O Milk faz parte da família há 6 anos: minha mãe chama ele de “netinho”, minha avó tem uma foto dele na estante. Vejo ele como um filho, meu grande companheirinho. Sem ele, minha casa é vazia e sem graça. Acredito que de uma certa maneira nossos caminhos se cruzaram, e hoje, sou muito mais feliz como ele na minha vida.".

As adoções estão aumentando 

Hoje em dia o número de pessoas que preferem adotar um animal aumentou consideravelmente. Para essa matéria, procuramos personagens em um grupo do Facebook e em menos de quatro horas já haviam 50 pessoas querendo compartilhar esse amor. Que tal adotar?


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