Cachorro sendo vendido como acessório abre discussão e causa revolta

Pets faziam parte da "Canine Collection" e, depois de polêmica, marca mudou o discurso em seu site oficial

Trinta e três cachorros de raça estavam à venda por encomenda no site de uma marca de roupas e acessórios. Para comprar o seu, bastava entrar no site, escolher o seu, pagar um valor que variava entre  £385 (aproximadamente R$ 1.530) e £600 (aproximadamente R$ 2.390) e esperar para que ele chegasse a sua casa.

Foto: Reprodução do site
O site de roupas começou a vender cachorros por encomenda

A situação piorava quando os cães eram anunciados como “acessórios únicos" ou  o "cachorro certo para combinar com o seu guarda-roupas".

A repercussão do lançamento não foi nada boa e uma grande quantidade de críticas inundou o Twitter. "Cães não são acessórios, centros de resgates estão cheios. Cães são um compromisso de tempo integral e eu espero que alguém perca o emprego por causa disso", "vocês estão se baseando em uma compra rápida influenciada pela fofura, mas e se quem comprou desistir disso depois?" e "existem mais de 100 mil cachorros esperando para achar uma casa e vocês estão vendendo eles como assessórios??", foram algumas das críticas. 


Mesmo assim, algumas pessoas ainda efetuaram a compra e compartilharam a chegada dos cães. 


Após toda a polêmica, a página feita para a venda dos animais foi modificada. Agora, embaixo de cada raça, onde antigamente havia o valor do cachorro, está a mensagem "not for sale", "não está à venda", em português.

E logo no início da página, uma mensagem: "é claro que você não pode comprar cachorros por aqui. Mas infelizmente milhares de cães são comprados e abandonados a cada ano. O número de animais que precisam ser realojados aumentou em 120% nos ultimos cinco anos. Cachorros não são apenas para o Instagram, são para a vida".

Foto: Reprodução
Marca mudou texto depois de polêmica com suposta venda de cachorros


Jogada de marketing

Depois do todo o caso, Christian Woolfenden, gerente de marketing da empresa, disse ao site da revista WWD que nada não passou de uma jogada de marketing. Modelos desse tipo já foram usados em outros projetos que tinham como objetivo chamar atenção para um problema, polemizar e logo depois revelar a real campanha em questão. 

"Estamos muitos satisfeitos até agora. Acredito fortemente que as empresas têm de fazer a sua parte no mundo. O real impacto dessa ação joga o peso de uma organização, de uma marca, para ajudar uma causa", disse Christian. 



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