Não passe limão na cara! Veja o que NÃO fazer em casa ao cuidar da pele
Dermatologista faz alerta sobre quais cuidados tomar na rotina de skincare para não comprometer a saúde da sua pele; confira
Por iG Delas |
Provavelmente sua mãe ou avó tem um truque caseiro para amenizar olheiras. Dando uma busca rápida pela Internet não faltam opções de tratamentos caseiros para tirar manchas, acabar com estrias e por aí vai. Entretanto, enquanto aquela compressa de chá de camolila é algo simples e que realmente pode ajudar com as olheiras
, tem muita receita por aí que coloca sua pele e saúde em risco.
Se o tratamento for daqueles milagrosos, então, ligue o alerta máximo. "Todo tratamento estético realizado em casa, sem supervisão médica, tem seus riscos, pois cada pele é única e nem sempre o que é bom para uma será para outra”, explica a dermatologista da Clínica Leger, Cibele Tamietti Durães.
Muita gente pode acreditar que máscaras e tratamentos com itens naturais não devem oferecer muitos riscos, porém a médica diz que é preciso ter cuidado, já que produtos e substâncias aparentemente inofensivas podem desencadear irritações e alergias.
"Procedimentos realizados de forma incorreta ou com aparelhos não confiáveis, podem provocar queimaduras na pele e até necrose tecidual no local, com consequentes manchas e cicatrizes", alerta.
Para ajudar a não cair em roubadas, a dermatologista faz uma lista com o que você NÃO deve fazer em casa quando o assunto é cuidar da pele:
1. Cuidado com a esfoliação caseira
O problema aqui é a escolha do ingrediente. Itens como café ou fubá podem até podem ser utilizados, mas cuidado com produtos com grãos maiores. "Se os grânulos forem grosseiros podem agredir a pele e escoriá-la. E se a pele for muito fina e sensível, o estrago será ainda pior", alerta a dermatologista.
2. Limão para clarear manchas? Melhor não
Segundo Cibele, o uso de limão como clareador vem da cultura popular, mas isso é um erro bem grave quando se fala em cuidados caseiros com a pele. "O limão, além de não clarear a pele, pode deixar resíduos (mesmo após lavar) que, expostos à radiação solar, ocasionam uma reação denominada 'fotofitodermatose'. Ela consiste numa queimadura na pele, com consequentes manchas escuras e até bolhas ou cicatrizes", explica.
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3. Remoção caseiras de verrugas
As verrugas costumam incomodar, mas só quem deve fazer a remoção é um profissional. "O próprio processo de remoção, de forma incorreta, pode causar agressões na pele, dificuldade de cicatrização, manchas e cicatrizes", diz Cibele.
Além disso, o que aparentemente pode ser um problema estético, na verdade, pode ser sinal de algo sério. "Pode se tratar de uma lesão maligna ou câncer de pele. Ao tentar remover de forma inadequada, só piora o diagnóstico e a evolução da lesão, agravando a doença", completa a dermatologista.
4. Cuidado com a febre do dermaroller
Esse rolinho de microagulhamento, o dermaroller, ficou conhecido depois de aparecer na rotina de cuidados com a pele de diversas famosas e influencer. De fato é um bom aparelho e o seu uso contribui para o estímulo de colágeno e elastina, que melhoram o aspecto da pele. O risco, de acordo com Cibele, é o uso caseiro.
"O procedimento feito fora de um ambiente preparado aumenta muito os riscos de infecções por bactérias, fungos e vírus, podendo desencadear não só uma infecção localizada, mas também uma infecção generalizada (quando a infecção se espalha pelo corpo). O processo evolutivo da infecção também pode deixar manchas escuras e cicatrizes".
Também é preciso saber manuesar corretamente o aparelho e escolher o modelo adequados, requisitos mais difícies de serem preenchidos sem a ajuda de um profissional.
"A forma de utilizar o roller requer movimentos e pressão sobre a pele de forma correta, além da escolha adequada do tamanho da agulha para cada situação. O uso de forma errônea pode causar escoriações na pele, com consequentes manchas e cicatrizes", explica a dermatologista.
Isso sem falar que o procedimento com o dermaroller é doloroso. "Ele requer anestesia. Sem a anestesia a dor limita os movimentos", diz Cibele.
Ainda vale um alerta até para quem for usar esse aparelho com um profissional: é fundamental se certificar que o dermaroller seja de uma marca de qualidade e reconhecido pela ANVISA para não correr o risco de a agulha se soltar do roller e ficar presa na pele.