Orgasmo vaginal: não consigo ter, é normal? Delas responde

Não ter orgasmos vaginais não é um problema, mas causa frustração entre muitas mulheres; conhecer o próprio corpo é a melhor forma de buscá-lo

Você já teve um orgasmo vaginal? O tão cobiçado clímax atingido quase exclusivamente pela penetração não acontece entre todas as mulheres, nem acontece com frequência entre aquelas que conseguem atingi-lo - e tudo bem. Mas, para entender melhor o que causa ou deixa de causar o orgasmo, é importante que as mulheres conheçam o próprio corpo e suas zonas de prazer.

Não ter um orgasmo vaginal não é necessariamente um problema, mas é motivo de frustração para muitas mulheres
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Não ter um orgasmo vaginal não é necessariamente um problema, mas é motivo de frustração para muitas mulheres


De forma técnica, o orgasmo vaginal é “a excitação máxima da vagina, com circulação sanguínea intensa na região, que gera a sensação de muito prazer. Nesse momento ocorrem contrações vaginais ritmadas e êxtase por liberação de muitos hormônios no cérebro que geram relaxamento imediato por liberar prolactina”, como explica a médica ginecologista e obstetra da Clínica Fada Ana Carolina Lúcio Pereira.

Entretanto, ela pondera, não existe uma comprovação científica do clímax vaginal, “e sim de todo o conjunto. A vagina não atua independente do clitóris e, por isso, essa integração é essencial para o clímax”.

Não são todas as mulheres que conseguem ter orgasmos durante a penetração , apenas. Muitas precisam ter o clitóris estimulado e outras só conseguem atingir o clímax com o estímulo ao clitóris , sem penetração.

Uma leitora do Delas (cuja identidade será preservada) vive uma situação do tipo: “Eu não consigo ter orgasmo vaginal de jeito nenhum. É normal?”, questionou.

Orgasmo vaginal, tudo bem não ter

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Melhor forma de buscar obter o orgasmo vaginal é relaxando e conhecendo o próprio corpo, sozinha ou com o parceiro


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Ana Carolina pontua que realmente não são todas as mulheres que conseguem ter o cobiçado orgasmo pelo estímulo vaginal. Aliás, isso é muito comum e é resultado de alguma deficiência no estímulo ou fatores psicológicos diversos, “mas isso não é um problema”. Por exemplo, a mulher pode se cobrar tanto para conseguir atingir o orgasmo que isso a atrapalha de efetivamente chegar ao clímax.

O importante é a mulher saber avaliar se ela não consegue ter um orgasmo durante a penetração apenas ou se ela não consegue atingir nenhum tipo de orgasmo, nem por estímulo do clitóris, já que isso pode apontar para outros problemas, inclusive disfunções sexuais.

Se problemas mais complexos forem descartados, é indicado que a mulher passe a entender melhor o próprio prazer. Saber o que lhe causa prazer é o primeiro passo em busca do clímax vaginal, já que ele pode ocorrer por qualquer estímulo no canal vaginal - com o pênis, com o dedo, com brinquedos eróticos e assim vai.

“A solução é treino e auto-conhecimento. A mulher deve estar com a mente e o corpo relaxados , além de completamente confortável e à vontade com o parceiro durante o sexo [ou durante a masturbação]. Aos poucos, cada uma vai encontrar a melhor forma de obter o praze. Lembrando que é mais fácil obter o orgasmo clitoriano por ser uma região mais inervada e sensível”, diz a médica.

A mulher pode realizar essa busca sozinha, por meio da masturbação e do toque, ou com seu companheiro ou companheira. Nesse momento, é importante que o outro seja receptivo e paciente. Vale ter uma conversa franca com o parceiro, expondo a dificuldade de atingir o orgasmo, além de outros receios e dificuldades, pois isso também vai ajudar na hora de relaxar durante a relação, facilitando a obtenção do clímax.

“Também não se começa o sexo pelo final. Por isso vale investir bastante tempo nas preliminares, sem pressa ou ansiedade de chegar na penetração ou mesmo no orgasmo. Sem ter isso como objetivo. Aí o parceiro deve ser paciente e conhecer a parceira”, ressalta a ginecologista e obstetra.

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