Monogamia pode ser uma questão biológica? Pesquisa busca respostas

Segundo estudo, homens adeptos à monogamia reagem de forma diferente ao romance do que os não adeptos

Enquanto algumas pessoas parecem confortáveis ficando com apenas um parceiro, outras preferem não se estabilizar em um relacionamento sério. Essa diferença levou cientistas a questionarem se pode haver uma razão biológica cada uma das escolhas, e um estudo sobre monogamia foi publicado recentemente na revista acadêmica "Archives of Sexual Behavior. 

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Homens adeptos à monogamia podem ter experiências românticas mais gratificantes
Foto: shutterstock
Homens adeptos à monogamia podem ter experiências românticas mais gratificantes


O estudo foi publicado na revista acadêmica "Archives of Sexual Behavior" e fornece evidências de que, sim, alguns homens podem estar mais inclinados à monogamia do que outros. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram o comportamento 20 homens. Depois, examinaram as reações cerebrais de cada um e notam que havia diferença entre os monogâmicos ou não. 

Método do estudo

Os pesquisadores recrutaram 10 homens que tiveram até cinco parceiros sexuais durante a vida, porém fantasiaram com alguém além do parceiro atual menos de uma vez por mês. Eles também analisaram 10 homens não monogâmicos, que tiveram relacionamentos anteriores com mais de um parceiro por vez ou tiveram mais de cinco parceiros sexuais ao longo da vida.

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Os cientistas reuniram os homens e mostraram a eles três tipos de fotos: imagens sexualmente explícitas, imagens românticas e imagens neutras, como de paisagens. Os cérebros de ambos os grupos reagiram do mesmo jeito quando eles olhavam para as fotos sensuais e neutras. A mudança foi notada ao olhar as fotos românticas: os monogâmicos mostraram significativamente mais ativação em partes de seu cérebro relacionadas à recompensa do que os outros.

Monogamia é biológica?

Os pesquisadores acreditam que esses resultados sugerem que as fotos românticas ou outros estímulos que evoquem o romance podem ser mais satisfatórios para os monogâmicos. Entretanto, isso não significa necessariamente que haja uma base biológica para a monogamia.

De acordo com a pesquisa, esse resultado significa que os homens que se relacionam só com uma pessoa podem simplesmente terem tido experiências mais gratificantes e românticas em suas vidas do que homens que vivem relacionamentos múltiplos, por isso a foto romântica acionou a área de recompensa do cérebro. 

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As mulheres

Também é importante ressaltar que as descobertas sobre monogramia podem não ser específicas do gênero masculino. Embora este estudo específico tenha avaliado os cérebros dos homens, outras pesquisas concluíram que, contrariamente à crença popular, as mulheres são mais propensas a ficarem entendiadas com o sexo em um relacionamento de longo prazo e também estão mais abertas para experiências sexuais.