Há muito tempo a pornografia já não é mais algo exclusivo para homens. De acordo com dados levantados pelo “Pornhub” (um dos maiores sites de material pornográfico do mundo), 80% dos acessos a conteúdos adultos via dispositivos móveis são feitos por mulheres. Porém, em março deste ano, um estudo realizados por pesquisadores da Universidade de Indiana e da Universidade do Havaí, ambas nos Estados Unidos, mostrou que o hábito de assistir a esse tipo de material torna os homens mais infelizes nos relacionamentos, e o mesmo parece estar acontecendo com mulheres.
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Segundo um novo estudo feito pela Universidade de New Brunswick , no Canadá, mulheres que consomem pornografia também são mais propensas a sofrer decepções quanto a própria vida sexual. Para realizar a pesquisa, os cientistas responsáveis pelo estudo consultaram mil adultos, sendo que dois terços deles eram mulheres jovens.
Por que isso acontece?
De acordo com Carla Zeglio, psicóloga especialista em sexualidade, a maior parte dos filmes pornô envolvem situações que normalmente não acontecem em relações sexuais da vida real. Em sua grande maioria, filmes pornô mostram mulheres que estão dentro dos padrões de beleza, ou seja, que são magras, têm seios empinados, bumbum grande e nenhum pelo em canto algum do corpo.
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Só isso já basta para que muitas mulheres se sintam pressionadas a ter uma certa aparência ou obrigadas a cumprir papeis que, muitas vezes, não as agradam. O estudo, porém, vai além: de acordo com os resultados, esse tipo de material também faz com que elas fiquem insatisfeitas com a aparência do parceiro.
Assim como a imagem da mulher no pornô (tanto física quanto comportamental) ser quase caricata, a imagem masculina também é bastante distorcida. De acordo com a especialista em sexualidade Kaitlyn Goldsmith, uma das responsáveis pelo estudo, os genitais masculinos podem ser digital ou cosmeticamente modificados, mostrando ao público pênis que não representam o tamanho médio de homens “reais”.
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Além de apresentar órgãos sexuais irreais, a especialista afirma que a pornografia também “engana” os consumidores retratando relações sexuais que duram muito mais tempo do que naturalmente durariam, homens que conseguem manter as ereções quase que eternamente e que conseguem levar mulheres à loucura com muito mais facilidade do que no sexo da vida real.