Usar e abusar do mundo virtual para encontrar um parceiro está se tornando cada vez mais comum. A internet e os recursos que ela proporciona podem até dar uma forcinha para você desencalhar, mas o grande problema é que você nunca sabe quem está do outro lado da tela – mesmo se você se considera uma detetive especializada em "stalkear".
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Em um aplicativo de relacionamento, a aspirante a detetive Julie Nashawaty encontrou um cara com quem tinha 92% de compatibilidade. “Nós nos conectamos instantaneamente, começamos a trocar mensagens incessantemente, e logo nos tornamos amigos”, conta. O envolvimento foi tanto que resolveram se encontrar em dois dias.
Mesmo com o encanto no ar, Julie decidiu se prevenir e fazer uma pesquisa rápida do pretendente em sites de pesquisa e acabou descobrindo que o homem com quem ela se encontraria em 48h tinha roubado um banco há menos de um ano.
Fique esperta com os perfis
Obviamente que ela não foi a única pessoa a sofrer com uma decepção online e as estatísticas divulgadas pelo portal britânico “The Independent” alertam que realmente é preciso ficar esperta:
- 10% dos infratores sexuais usam sites de namoro online;
- 3% dos perfis desses aplicativos são de psicopatas;
- 51% dos caras já estão em um relacionamento e 12% são casados;
- 10% dos membros desses sites de namoro gratuitos são golpistas;
- 81% das pessoas mentem no próprio perfil.
Dados preocupantes
No ano passado, a Agência Nacional de Crime do Reino Unido revelou que os crimes ligados ao namoro online aumentaram em 450% por cento em cinco anos. Da mesma forma, em novembro passado, a Polícia Metropolitana da mesma região informou que, desde 2012, eles tinham visto um aumento de 2.000% no número de crimes envolvendo aplicativos como Tinder e Grindr.
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Com a popularidade desses aplicativos, a necessidade de tomar alguns cuidados para manter a segurança se tornou ainda mais necessário. O ideal é tentar descobrir se a pessoa com quem vai se encontrar tem algum registro criminal ou características que indicam que ela é perigosa, porém é claro que isso não é uma tarefa fácil – ainda mais sabendo que a maioria dos usuários mantém dados falsos nos perfis.
Investigadores particulares
Para resolver esse problema, já existem empresas que oferecem investigadores particulares para caçar essas informações para você. Funciona da seguinte forma: você envia aquilo que sabe da pessoa e em 24h eles dão um retorno sobre o que descobriram.
Julie é dona de uma dessas empresas e revela que por incrível que pareça 45% das pessoas investigadas estavam escondendo algo, 9% tinham antecedentes criminais, 11% não revelaram informações consideradas conflitantes e 16% fingiam ser alguém que era.
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Já pensou se esse tipo de empresa de "detetive do amor" começa a surgir no Brasil? Será que teria muitos usuários de aplicativos de relacionamento procurando pelo serviço?