Como anda o seu relacionamento? Bom, todo casal passa por altos e baixos, mas alguns sinais podem indicar se o casamento vai durar ou não e muitos desses sinais podem ser percebidos no sexo. Claro que uma relação não se resume a isso, porém não tem como negar que a vida sexual é importante para manter o envolvimento do casal.
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Ter uma vida sexual saudável e regular deve sim ser uma preocupação do casal e diversos terapeutas sexuais podem atestar isso. Não está acreditando? Então veja quais são, segundo os especialistas, as sete questões que podem arruinar um casamento se não forem bem resolvidas.
1. O casal já não faz sexo
Surpreendentemente, você pode estar em um casamento sem sexo, mesmo tendo algumas relações sexuais com o parceiro. Isso porque os terapeutas definem como uma relação sem sexo aquela na qual o casal foi menos de dez vezes para a cama durante o último ano.
Na maioria dos casamentos sem sexo, a ausência de qualquer conexão física acaba dividindo os casais, explica a terapeuta sexual Sari Cooper. “Os parceiros acabam alienando um ao outro em um nível muito profundo e até emocional. Muito frequentemente, o casal não só evita o sexo, mas a discussão do problema em si. Isso só leva a um sentimento de isolamento e solidão para os parceiros”, conta ela ao portal australiano “The Huffington Post”.
Quando os casais que passaram por isso procuram Sari, ela os ajuda a abordar a discussão sem que um coloque a culpa no outro. Quem estiver sexualmente frustrado precisa quebrar o gelo e deixar o outro saber o quanto sente falta de manter os momentos de intimidade. “Essa é uma abordagem muito melhor do que discutir ou culpar o outro”, alerta o especialista.
2. Um dos dois não se sente sexualmente desejado
Sentir-se desejada ou desejado é algo que mexe com a autoestima, especialmente das mulheres. Isso é tão importante para as pessoas, que há especialistas que acreditam que “ser desejada é o orgasmo”. Para a terapeuta sexual Laurie Watson, quando o casal não consegue ter uma convivência tranquila, a vida sexual naturalmente não terá um acerto.
A especialista acredita que o segredo é resolver a questão que está incomodando ambos e, consequentemente, o sexo vai melhorar. Ela também fala que é saudável certificar-se de que o parceiro está satisfeito com o sexo, já que os dois precisam estar na mesma pegada para desejar ter mais relações.
3. Há um colapso na intimidade após uma traição
Quando a confiança é quebrada por uma traição, é realmente difícil consertar as deficiências que existem na vida sexual do casal. Sari comenta que essa situação precisa de bastante tempo para ser restaurada e a pessoa que traiu deve entender que cada um tem um ritmo de aceitação diferente.
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“É preciso muito esforço e trabalho do parceiro infiel para restabelecer a confiança. Enquanto isso, quem foi traído precisa entender melhor o que levou o outro a ser infiel”, explica a especialista. “Muitas vezes, o casal precisa criar um novo tipo de 'contrato sexual', que atenda às necessidades que não estavam sendo atendidas ou estavam ocultas.”
Se o parceiro infiel continuar a ter contato com o amante, em segredo, se torna quase impossível reparar o vínculo emocional e erótico. Ou seja, o casamento tende a acabar quando quem está sendo traído descobrir a pulada de cerca. E não é para menos, afinal quem aceitaria viver em uma situação como essa sem se incomodar?
4. Não há atração física
A atração sexual pode diminuir em casais que estão juntos por um longo tempo. A terapeuta sexual Moushumi Ghose afirma que isso geralmente acontece quando um dos envolvidos acaba deixando de se cuidar.
“Obviamente, na vida as pessoas há os estresses diários no trabalho, no casamento e até com outros membros da família, e isso pode refletir na relação”, expõe Moushumi. Porém, ela completa dizendo que, quando uma pessoa deixa de se cuidar, a outra passa a não ser mais fisicamente atraída por ela, pois vê essa atitude como um sinal de que ela desistiu de si mesma, da relação e dos filhos (quando o casal os tem).
5. As barreiras físicas podem prejudicar a relação
Há inúmeras razões físicas e relacionadas à saúde que podem influenciar no desejo e na libido. Esses empecilhos normalmente envolvem ejaculação precoce, disfunção erétil e dor durante o ato sexual – seja na mulher ou no homem.
Esses problemas precisam ser tratados com um médico, mas a terapeuta sexual Celeste Hirschman aponta que essas questões físicas geram sequelas e, geralmente, é necessário realizar algum tipo de trabalho emocional com casal que passou por isso.
"Quando esses problemas funcionais acabam sendo encarados apenas como problemas sexuais – e, às vezes, como problemas gerais de relacionamento – eles bloqueiam a capacidade dos casais de discutirem sobre as necessidades sexuais e emocionais”, afirma Celeste. “Os casais precisam ver além da disfunção, devem olhar para o problema que foi criado em torno dele, como o medo de não ser mais desejável”, completa.
6. Os interesses sexuais e fetiches são ridicularizados
Todos desejam coisas diferentes e isso deveria ser tratado como algo normal. De acordo com a terapeuta sexual Ava Cadell, quando o parceiro se abre e revela as fantasias sexuais que possui, por exemplo, um sexo mais rude ou atração por pés, a pior coisa que você pode fazer é rir ou demonstrar completo repúdio.
“Eu digo aos meus clientes que tudo é negociável, mesmo no quarto. Se um parceiro goste de BDSM (sadomasoquismo) e o outro não deseja isso, porém quer algo a mais na cama, eu recomendo que eles compartilhem três fantasias românticas e as realizem pelo menos uma vez para a satisfação de ambos”, aconselha Ava. Depois, continue a compartilhar os desejos que possuem e estabeleça limites, porém não julgue ou rejeite logo de cara.
7. Há uma discrepância de desejo
Muitos casais sofrem com uma “discrepância de desejo”, uma situação em que um parceiro quer sexo mais do que o outro. Isso representa um grande problema para a maioria dos casais, porque o cônjuge de menor desejo detém todo o controle da vida sexual do casal, mesmo que não perceba isso. Eventualmente, quem tem mais desejo acaba se sentindo ressentido e insatisfeito.
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“Os desajustes sexuais podem resultar em divórcio se não for abordado, uma vez que o parceiro mais sexual muitas vezes não pode imaginar viver o resto da vida desta forma. Afinal, eles se comprometeram a um casamento, não uma vida de abstinência”, afirma a psicóloga e terapeuta sexual Megan Fleming ao “The Huffington Post”.
Não espere a situação se agravar para tocar no assunto, é bom discutir sobre isso porque, felizmente, esse problema pode ser tratado e acabar salvando o casamento.