Falta de prazer no ápice da relação pode ser anorgasmia; saiba o que é

Educadora sexual tira dúvidas sobre o transtorno que pode fazer com que pessoas não consigam atingir o orgasmo de forma alguma

O ato sexual e a masturbação são sempre coroados por um orgasmo, certo? Nem sempre. A  anorgasmia  é um transtorno que impede mulheres e – em menor porcentagem– homens de chegarem ao ápice do prazer durante o sexo ou até sozinha. Mas o que causa esse problema? A educadora sexual Débora Padua esclarece o tema.

Falta de prazer no sexo pode ser causada pela anorgasmia
Foto: Shuttersock
Falta de prazer no sexo pode ser causada pela anorgasmia


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Problema físico ou psicológico?

Segundo a educadora, um número impressionante de mulheres sofre com a falta de prazer por fatores psicológicos. Questões como vergonha do parceiro, orientações ruins, falta conhecimento sobre o próprio corpo ou sobre as próprias preferências podem fazer com que a mulher não atinja o orgasmo

Débora ressalta que não se deve entregar a responsabilidade de haver orgasmo na relação totalmente para o parceiro. "A mulher deve buscar o orgasmo, devem ensinar ao parceiro as coisas que faze sozinhas para que ele também faça. Às vezes, as mulheres acham que têm anorgasmia, mas o problema é falta de intimidade com o parceiro", comenta ela.

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Diagnóstico

Mesmo se tratando de um transtorno psicológico, a educadora explica que, caso a mulher não consiga chegar ao orgasmo nem durante o sexo nem sozinha, é melhor que procure um ginecologista. Isto se deve ao fato de que outros aspectos precisam ser investigados para descartar qualquer causa física.

"Há muitas medicações fortes que podem causar a anorgasmia. Existem pessoas que têm desejo , ficam excitadas, tudo acontece, menos o ápice do prazer. Ela pode ter, por exemplo, uma doença neurológica que faz com que ela não tenha uma sensibilidade normal local", diz Débora.

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Tratamento

Se o transtorno tiver raízes em distúrbios hormonais causados por medicamentos, doenças neurológicas ou qualquer outra causa física, a pessoa será orientada para o tratamento destas questões específicas.

Após descartadas essas causas, Débora explica que o tratamento pode ser mais simples do que se imagina. Primeiro, as causas do problema devem ser determinadas. "Se ela tem um fundo psicológico, a pessoa será encaminhada para terapia, mas muitas mulheres só precisam de orientação. Ela precisa estar disposta a explorar a vagina , mas, muitas vezes não foi ensinada que pode fazer isso", conclui.