Já pensou em se livrar das pílulas anticoncepcionais e passar a usar um método contraceptivo que não faz uso de hormônios e não é invasivo? Este aplicativo pode ser a saída para controlar seu ciclo menstrual.
O software, que usa a temperatura corporal da mulher para rastrear o ciclo menstrual , recebeu selo de aprovação. Um estudo clínico feito em 2016 com 4 mil mulheres concluiu que o método em questão é tão eficaz quanto formas de contracepção oral, DIU (dispositivo interno) e até mesmo quanto camisinha.
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Tecnologias como a do Natural Cycles, que focam na saúde da mulher e na fertilidade , vêm surgindo com grande frequência no mercado, mas o app foi o primeiro a ser certificado como viável clinicamente.
Como ele funciona?
Ao contrário de pílulas anticoncepcionais , que liberam hormônios no corpo para que não haja concepção, e da camisinha, que barra os espermatozóides mecanicamente, o aplicativo apenas coleta dados sobre a temperatura corporal da mulher.
Todos os dias pela manhã, a mulher deve medir a temperatura pelo aplicativo, que armazenados os dados. Ele então usa um algoritmo para prever os dias do mês nos quais ela estará mais fértil, apontando as datas em um calendário. Durante estes dias, marcados em vermelho, o sistema sugere que o casal use camisinha durante as relações sexuais para reduzir o risco de gravidez .
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Segundo a médica Elina Berglund que, ao lado do marido, Raoul Scherwitzl, desenvolveu o aplicativo, a invenção representa um avanço para a saúde feminina. ”Mulheres do mundo todo estão interessadas em explorar formas não hormonais e não invasivas de contracepção. Agora, elas têm uma opção nova e verificada para escolher", afirma ela ao jornal "The Mirror".
Ela também acredita que o método contraceptivo em questão coloca as mulheres em sintonia o funcionamento de seus corpos. “Ele permite que elas entendam melhor o corpo, podendo assim fazer as melhores escolhas para ele”, completa.
Fim dos problemas com anticoncepcionais?
São frequentes as queixas quanto às mudanças de humor e efeitos colaterais físicos causados pelas pílulas contraceptivas. Estudos – como o feito em 2016 pelo British Medical Journal – sugerem que a terceira geração de pílulas (as compostas por desogestrel, gestodeno e norgestimato) facilitam o surgimento de coágulos.
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Muitas mulheres, porém, não se sentem seguras usando apenas a camisinha. Métodos de contracepção como aplicativos são alternativas não invasivas que podem proporcionar uma nova relação da mulher com o ciclo menstrual.