O corpo humano possui as mais diversas reações que variam de acordo com as situações. Por exemplo, na hora do sexo as sensações que reinam são o desejo e o prazer, antes do primeiro encontro é comum ficar nervosa, com medo, ansiosa e quando acontece àquela briga com o parceiro, a raiva é quem toma conta.
Você já parou para pensar por que isso acontece com todo mundo? As sensações físicas e os sentimentos são semelhantes nessas situações porque são desencadeadas por reações no cérebro. Isso significa que tem uma razão para o corpo e a mente agirem de forma parecida.
Início de relacionamento
Começo de relacionamento é sempre aquele grude. Renato Zilli, endocrinologista do Hospital Sírio Libanês, explica que isso acontece pois é liberado no cérebro a oxitocina, que está relacionada a comportamentos pós-sociais como o altruísmo, a generosidade e empatia.
Por isso, é comum ficar meio boba, achar tudo fofo e sentir borboletas no estômago. Esse é o famoso “ hormônio do amor ”.
Na primeira fase do relacionamento, também há a diminuição dos níveis de serotonina, então a sensação de insegurança aumenta e faz com que o comportamento da pessoa seja mais obsessivo. O bom é que depois de um tempo isso passa.
Relações sexuais
O médico fala que o desejo sexual está relacionado com os níveis de testosterona circulante no corpo e o equilíbrio entre andrógenos e estrógenos.
Durante a relação sexual, vários hormônios são liberados, como a dopamina, hormônio relacionado à recompensa; a serotonina, que provoca a sensação de prazer menos intensa e mais persistente; a oxitocina, o “hormônio do amor”; e a vasopressina, que está relacionado aos sentimentos de posse e desejo.
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Em ambos os sexos, há uma diminuição dos andrógenos com o envelhecimento. Por isso, é comum que haja uma diminuição da atividade sexual com o avançar da idada, explica o médico.
Brigas
Para entender o que acontece na hora da raiva, o especialista explica um pouco mais sobre o cérebro. O córtex cerebral , por exemplo, é a parte pensante do cérebro, na qual a lógica e julgamento residem. Já o centro emocional do cérebro é o sistema límbico , considerado mais primitivo que o córtex.
“Quando alguém está expressando a raiva, ele não está usando o pensamento [córtex], mas usando principalmente o centro límbico do cérebro. Nessa parte do cérebro fica a amígdala, um armazém de memórias emocionais”, diz Renato.
Os dados externos que as pessoas recebem passam pela amígdala e lá é decidido se as informações vão para a área límbica ou córtex do cérebro.
Se os dados desencadeiam grande carga emocional, são enviados para o sistema límbico, librando o cortisol (hormônio do estresse) e a adrenalina (hormônio que acelera o coração e aumenta a pressão arterial).
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O especialista alerta que a liberação em longo prazo destes hormônios no corpo está associada à ansiedade, insônia, obesidade, hipertensão e diabetes tipo 2. “A meditação ajuda a modular de forma positiva a controlar as reações”, completa.