A endometriose é uma das principais causas de infertilidade feminina.
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A endometriose é uma das principais causas de infertilidade feminina.


O Instituto Nacional de Excelência em Saúde e Cuidados (NICE) do Reino Unido aprovou o uso de uma pílula para o tratamento da endometriose . O medicamento é chamado relugolix–estradiol–noretisterona.


O método também é conhecido como terapia combinada de relugolix ou Ryeqo. Essa é a primeira pílula diária de longo prazo aprovada no país. A expectativa é que mil pacientes utilizem o método anualmente. 

A nova pílula de endometriose age e maneira distinta dos atuais tratamentos injetáveis. A principal diferença é que pode ser ingerida em casa, oferecendo alívio mais rápido e sem a necessidade do deslocamento para unidades de saúde.

Endometriose é uma doença crônica que ocorre quando o tecido que reveste o útero (endométrio) cresce fora do útero.
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Endometriose é uma doença crônica que ocorre quando o tecido que reveste o útero (endométrio) cresce fora do útero.


A nova pílula funciona com ação bloqueadora aos hormônios que causam a endometriose. Ao mesmo tempo, o medicamento oferece a reposição hormonal necessária em um único comprimido diário.

O Ryeqo é recomendado para pacientes cujo tratamento médico ou cirúrgico para endometriose falhou. Além disso, a ' Endometriosis UK ' não recomenda o uso para mulheres que não podem ser submetidas a terapia de reposição hormonal.

A endometriose

Endometriose é uma doença crônica que ocorre quando o tecido que reveste o útero (endométrio) cresce fora do útero. Esse tecido pode entrar em contato e até comprimir outros órgãos, como o intestino, bexiga e pulmões.  Ela também pode crescer em regiões mais distantes, como cérebro e coração.

Endometriose pode causar dor intensa e até incapacitante.
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Endometriose pode causar dor intensa e até incapacitante.


Os principais sintomas são:

  • Dor abdominal intensa;
  • Cólicas fortes;
  • Inchaço abdominal;
  • Retenção de líquidos;
  • Distensão abdominal e pélvica.


Os números também são altos ao redor do mundo: no Reino Unido, país que aprovou a pílula, estima-se que a doença atinja cerca de 1,5 milhão de mulheres. Já segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a endometriose afeta aproximadamente 190 milhões de mulheres.

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a endometriose afeta cerca de 10% das mulheres brasileiras. Em 2021, mais de 26,4 mil atendimentos foram feitos no Sistema Único de Saúde (SUS), e oito mil internações registradas na rede pública de saúde.

Os principais tratamentos para endometriose no Brasil são medicamentos hormonais, cirurgia e anti-inflamatórios.

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