A seguir, a médica Dorodina Correia, ginecologista, obstetra e membro da Associação Mulher, Ciência e Reprodução Humana do Brasil (AMCR), preparou uma lista de informações mentirosas que circulam na Internet sobre fertilidade
Confira a seguir!
Muitas mulheres que estão tentando engravidar acabam recorrendo à internet para buscar informações sobre fertilidade. Embora a web seja um espaço importante para a disseminação de conhecimento, tudo o que está disponível por lá deve ser checado, uma vez que nem sempre determinados dados são comprovados por especialistas
Confira a seguir!
Não existe nenhuma comprovação científica para esse boato, que não é recente. Também não há nenhuma comprovação científica associada a posições melhores ou piores para se engravidar, conforme ressalta Dorodina.
Isso também não é verdade! Estudos mostram que as chances de engravidar existem em dias antes e depois da ovulação. "Até cinco dias antes da ovulação, as chances são de 4%. Até dois dias antes, de 25 a 28%. Durante as 24 horas após a ovulação, 8 a 10%. Para o restante do ciclo, é de 0%", revela a especialista.
Essa informação é puro mito. Segundo estudos publicados nos periódico cientificos Fertility and Sterility e Physiology and Behavior, quanto mais relações sexuais uma mulher tiver, mais frequentemente seu sistema imunológico receberá a mensagem de que é hora de engravidar. Portanto, quanto mais relações, melhor!
As causas da infertilidade são divididas igualmente entre homens e mulheres. Sabe-se que cerca de 33% dos casos são devido a fatores femininos e 33% a fatores masculinos. O restante é relacionado a fatores combinados (femininos e masculinos) ou àqueles em que a causa da infertilidade não pode ser esclarecida.
As pílulas anticoncepcionais só impedem que a gravidez ocorra durante o seu uso. Assim que ele é suspenso, ou feito de forma irregular, a contracepção deixa de ser efetiva. Após a interrupção, os ciclos menstruais serão recuperados no período de alguns meses. "O que ocorre é que as mulheres, por fazerem uso prolongado dos métodos hormonais, acabam por desconhecer seu ciclo menstrual. Essa situação pode mascarar possíveis problemas de fertilidade que já existiam, mas só são descobertos ao interromper a pílula", finaliza a médica.