Os hormônios são produzidos por pequenas glândulas espalhadas ao longo de todo corpo e, por isso, são imprescindíveis para o bom funcionamento de todo o organismo, segundo o médico endocrinologista Bruno César.
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“Mas precisamos diferenciar essas glândulas em dois tipos. Existem as endócrinas e as exócrinas. Qual a diferença básica entre elas? As glândulas exócrinas produzem substâncias que são jogadas para fora do organismo, como as sudoríparas que produzem o suor e as endócrinas produzem os hormônios ou outras substâncias que ficam dentro do organismo. Conforme são produzidos, são liberados na corrente sanguínea ou em outro local do corpo, não necessariamente passando pelo sangue. Quando esse hormônio encontra a sua célula-alvo, ele vai estabelecer uma relação como a chave na fechadura. Uma vez que esse atrelamento acontece de forma harmônica, de forma equilibrada, a célula é estimulada a dar alguns tipos de respostas”, aponta o médico.
Bruno César destaca ainda que “com essas respostas, a célula produz substâncias ou outros tipos de hormônios, se replicar ou até mesmo morrer. Todas essas informações são entregues pelo próprio hormônio. Quando ele entra nessa célula e faz sua função, a mesma sabe exatamente o que fazer”.
O endocrinologista ainda ressalta que todos os hormônios que são produzidos possuem um controle muito refinado, muito rigoroso, nem demais, nem de menos. “Para se ter uma noção da quantidade de hormônios produzidos no corpo, seria suficiente para encher uma tampinha de caneta. Mas, apesar de ser uma quantidade ínfima, gera uma resposta na célula à qual tem que se ligar, a resposta é amplificada em inúmeras vezes. Com uma gotinha desse hormônio, o corpo todo recebe uma ação por inteiro, mesmo não estando presente em todas as partes. Isso torna o sistema hormonal, o sistema endócrino, algo muito encantador”, diz o médico.
O médico endocrinologista Bruno César ainda ressalta que uma avaliação por intermédio do exame de sangue para se ver o nível de hormônios e todo comportamento dentro do corpo, não é algo completo, seria apenas uma fotografia, um ponto de algo dinâmico e que está em constante movimento.
“Fica difícil obter um diagnóstico baseado nesse tipo de informação. Daí a importância de ter junto com quem está vendo aquele exame, um médico ou profissional habilitado para interpretar aquele exame, e associar sempre a informação do papel com as queixas e sintomas de alguém que esteja sendo examinada. Pela dinamicidade e pela forma pulsátil, irregular de serem liberadas no sangue, esses hormônios não estarão sempre da mesma forma. Por isso, nunca deve-se ficar impressionado e assustado com algum resultado que não esteja, teoricamente, dentro do padrão”, afirma o médico.
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Bruno César, em resumo, define que “os hormônios são substâncias produzidas pelo organismo que funcionam como sinalizadores para as outras células do corpo saberem o que fazer, o que não fazer, o que produzir e o que não produzir. São substâncias produzidas em pequenas quantidades, que não tem padrão nenhum na sua forma de produção. Elas obedecem a uma ciclicidade para cima e para baixo, o que pode dificultar uma interpretação de um exame caso não tenha conhecimento do contexto, se não souber em que situação esse exame foi feito e, principalmente, se não associar aquele exame as queixas e com os sintomas do paciente”, finaliza.
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