5 dicas para lidar com a ansiedade de final de ano

Psicóloga explica porque a ansiedade e tristeza chegam em meio às festas de fim de ano e como melhorar a saúde mental neste período

Síndrome de final de ano

Para a maior parte das pessoas, final de ano é sinônimo de festa, alegrias e esperança. Porém, nem todos compartilham destes bons sentimentos e esta época, na verdade, pode se tornar um gatilho para a angústia e a tristeza. A síndrome de final de ano é mais comum do que se imagina. Contudo, há maneiras de minimizar este sofrimento.

Fatores que contribuem para a ansiedade

A psicóloga Sabrina Amaral explica que algumas situações podem potencializar este estresse de final de ano. São eles: excesso de trabalho e dificuldade de gerir bem o tempo; falta de dinheiro e cobrança por presentes; conflitos em reuniões familiares e comparações com os outros; saudade de pessoas que já faleceram; pressão por felicidade e gratidão; culpa por coisas que não realizamos.

Como lidar com o final de ano sem sofrer?

Viajar para o futuro e saltar todas as temporadas de festas de fim ano não é uma opção plausível para resolver este problema. No entanto, a psicóloga sugere uma postura mais acolhedora com os próprios sentimentos, em vez de fuga e negação. Confira cinco passos para começar.

Valorize o positivo

Desenvolva o hábito de ressaltar seus aspectos positivos, vitórias e acontecimentos ao longo do ano que foram bons. Isso vai aumentar sua autoestima, despertar em você uma sensação de contentamento e bem-estar. Estes são os ingredientes fundamentais para uma boa saúde emocional. Respeite suas limitações, valorize-se e agradeça as pequenas conquistas.

Baixe a régua da auto exigência

Quanto mais somos exigentes conosco, mais ampliamos um estado emocional dolorido. Então, que tal baixar um pouco a régua da autocrítica um pouquinho? Permita-se fazer uma reflexão mais generosa, analisando o que você fez bem e o que pode ser feito diferente da próxima vez. Em resumo: transforme o erro em aprendizado.

Ressignificar

Já passou pela sua cabeça que, talvez o fato de não ter concretizado aquele plano que queria é consequência de você ainda não estar preparado? Ou ainda, a possibilidade de você não aproveitar os frutos dele como gostaria? Por isso, substitua a culpa por “responsa-habilidade” (a habilidade para responder diferente numa próxima vez). Mas se você chegar à conclusão de que faltou força de vontade, reflita se o que você almeja é algo que você genuinamente deseja, ou se está fazendo isso por expectativa dos outros ou convenções sociais.

Diminua a expectativa em relação ao outro

Ao invés de querer mudar o outro e criar expectativas, que tal trabalhar com sua reação a estas adversidades? Sugiro que você pense em estratégias para te ajudar neste momento: deixe claro seus limites (a comunicação não-violenta é sua aliada nessas horas), diga não e evite discussões desnecessárias. Por fim, respire fundo e saiba que isso vai passar.

Presente não é moeda de troca de afeto

Saiba que o valor do presente não é proporcional ao tanto de afeto que você sente por ela. Além disso, não é demérito você estar passando por dificuldades financeiras e, por conta disso, não conseguir presentear as pessoas (ou a si mesmo) como gostaria.