Cada vez mais é comum escutar pessoas dizendo que buscam uma alimentação saudável e equilibrada. Mas por mais muitos médicos e nutricionistas indiquem um cardápio de ingredientes frescos e comidas caseiras, com a correria do dia a dia, nem sempre é fácil deixar o industrializado de lado. Entretanto, alguns produtos podem acabar ajudando na dieta. E um deles é a barra de proteína.
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O segredo é saber escolher a barra de proteína que realmente contenha bons nutrientes. Tanto essa barrinha quanto a de cereais podem ser inimigas ou amigas da dieta, dependendo dos ingredientes utilizados. Enquanto algumas versões contém proteína e gordura em medidas equlibradas, outras estão carregadas de açúcar.
Para escolher o melhor produto é preciso olhar o rótulo com atenção. A nutricionista Karla Rahmann, consultora da Enova Foods, explica que a barrinha de proteína ideal deve ter um equilíbrio entre proteínas, fibras e gorduras e baixa quantidade de açúcares.
Balanceados, todos esses itens são importantes para o bom funcionamento do corpo. "O consumo das proteínas, por exemplo, é fundamental para o organismo produzir suas estruturas mais básicas, como todos os tecidos do corpo, a pele, os músculos e o cabelo, bem como sintetizar os principais componentes da vida, que são os hormônios, as enzimas, os neurotransmissores, as nossas células de defesa e todo o nosso material genético", detalha a especialista.
Qual a melhor barrinha de proteína?
Segundo Karla, o produto deve conter, pelo menos, 7 gramas de proteína na porção. Ela diz ainda que quanto maior essa quantidade, maior será a sensação de saciedade obtida com o produto.
Também vale ficar atento à origem dessa proteína. Nem sempre é preciso pensar em proteína de origem animal. Aquelas de origem vegetal, como a presentes nas castanhas e facilmente encontradas nessas barrinhas, são bem-vindas na dieta. Karla afirma elas e fácil digestão e, por isso, acabam pesando menos no estômago. Outra versão interessante é a proteína isolada de soja, apontada pela nutricionista como a mais completa em aminoácidos essenciais para o organismo.
Outro nutriente que ajuda na questão da saciedade e da digestão e deve estar presente no produto é a fibra . O indicado por Karla é procurar barras de proteína com mais de 2,5 gramas de fibras por porção.
Esse item também ajuda quem busca emagrecer e está de olho nos níveis de açúcar que circulam pelo corpo. As fibras contribuem para reduzir o índice de açúcar no organismo e também faz com que a absorção de nutrientes seja mais lenta. Isso tudo ajuda para que não se tenha picos de glicemia e, com isso, acúmulo de energia nas células que pode virar gordura localizada.
E falando em gordura , ela também deve estar presente, sim, na barrinha de proteína escolhida. As gorduras do tipo poli-insaturadas fazem bem ao organismo e não devem ser riscadas do cardápio, nem mesmo na dieta. Essa gordura está presente, por exemplo, em oleoginosas, como as castanhas. "Esse tipo de gordura produz ômegas 3 e 6, que são bons para o bom funcionamento do metabolismo humano”, fala Karla.
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Entretanto, não tem muito como fugir completamente do temido açúcar . Como as barras de proteína geralmente tem sabor adocicado, muitas levam algum tipo de açúcar ou adoçante na fórmula. Ao olhar o rótulo, procure aquelas que contenham ingredientes naturais, como mel ou açúcar de coco.
Proteína é boa para quê?
Aula sobre como desvendar o rótulo de uma barra de proteína dada, mas vale também entender a importância desse nutriente em diversos tipos de dieta para saber, por exemplo, qual o melhor horário para incluir o produto na alimentação balanceada.
A proteína é geralmente relacionada ao ganho e crescimento dos músculos
e isso faz todo o sentido, segundo Karla. "De fato, as proteínas da dieta têm relação direta com a manutenção e aumento de massa muscular corporal, pois possuem em sua constituição básica os aminoácidos essenciais para que ocorra a síntese proteica no corpo."
"Desta forma, o equilíbrio entre a quantidade de proteínas ingeridas e a quantidade que gastamos determinará a efetividade dessa relação para o ganho de massa muscular juntamente com uma variedade de fatores equacionais como peso, altura, idade, sexo, genética e nível de treinamento e aptidão física", completa a nutricionista.
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Para quem frequenta academia e busca esse ganho de massa muscular, por exemplo, indicação é dosar o consumo de proteínas ao longo das refeições do dia. Com isso, a barra proteíca pode ser ingerida tanto antes, já que é uma fonte de energia, quanto depois do treino. Karla ressalta que após a prática esportiva vale dar preferência para o consumo de uma quantidade proteica maior. Isso ajuda na recuperação e construção dos músculos.
Esse nutriente não faz parte do cardápio só dos marombeiros de plantão. A proteína, como afirma a nutricionista, também ajuda quem quer emagrecer.
"Além de promover a síntese de massa muscular, o que por si só eleva o gasto energético basal, as proteínas também são capazes de aumentar a termogênese e a saciedade, fatores adjuvantes que contribuem ainda mais o emagrecimento."
Pensando nessa questão da saciedade, vale usar a barrinha proteica como um lanche entre as refeições principais.
Faça sua barrinha
Em supermercados e lojas de produtos naturais e voltados para alimentação saudável há uma grande variedade de barrinhas, mas também é possível preparar a sua versão em casa. Em uma busca rápida pelo Pinterest é fácil encontrar diversas receitas e muitas delas nem vão ao forno. Basta misturar os ingredientes, espalhá-los em uma forma coberta com papel manteiga e levar para gelar. Veja o exemplo de uma dessas receitas:
Ao fazer a barra de proteína em casa é possível também turbinar a receita, incluindo sementes de chia e de linhaça e outros bons ingredientes. Por outro lado, vale ficar atento à quantidade de açúcar utilizada, para não cair em exageros.