
Em 2009, o mundo parou para acompanhar um dos casos mais extraordinários da medicina moderna: Natalie Suleman, uma americana então com 33 anos, deu à luz oito bebês de uma só vez. Conhecida como "Octomom" ou "Octomãe", ela se tornou uma sensação midiática, mas também alvo de críticas e julgamentos. Agora, após anos longe dos holofotes, Natalie está de volta, desta vez para narrar sua própria versão da história no filme "A Octomãe", lançado em 31 de maio pela Lifetime na América Latina.
A vida além dos tabloides
Natalie já era mãe solo de seis filhos quando os óctuplos nasceram. A gestação múltipla, resultado de um controverso tratamento de fertilização in vitro (FIV), gerou debates éticos e levou à cassação da licença médica do especialista que realizou o procedimento. Apesar dos riscos, os oito bebês — Isaiah, Josiah, Noah, Nariya, Natalie, Maliya, Makai e Jeremiah — nasceram saudáveis e hoje, aos 16 anos, estão prestes a concluir o ensino médio.
Os bastidores da polêmica
Natalie revelou detalhes surpreendentes sobre o tratamento de fertilidade que resultou nos óctuplos. Ela alega que o médico transferiu 12 embriões sem seu consentimento pleno, aproveitando-se de seu estado sob medicação. O caso levou à investigação do Conselho Médico da Califórnia e à proibição do profissional de continuar exercendo a medicina.
Maternidade, fé e superação
Apesar das dificuldades, Natalie garante que sempre priorizou o bem-estar dos filhos. Vegana e adepta de um estilo de vida saudável, ela credita a boa saúde da família à alimentação balanceada, exercícios físicos e sua forte conexão com a espiritualidade. Outro aspecto incomum de sua trajetória é o celibato. Faz mais de 25 anos que ela não tem relações sexuais.
O filme e a reconciliação com o passado
O longa "A Octomãe" é baseado em um manuscrito escrito pela própria Natalie, que narra desde sua infância até os anos de exposição midiática. Para ela, o projeto é uma chance de reescrever sua história longe dos sensacionalismos.