
Charlie Hounslow, 41 anos, referência no universo da maquiagem cinematográfica, foi surpreendida por um diagnóstico devastador: um glioblastoma de grau quatro, a forma mais agressiva de câncer cerebral. O anúncio veio apenas dois dias após a britânica sentir os primeiros sinais — uma dor de cabeça intensa e persistente que, à princípio, ela tratou com analgésicos, sem suspeitar da gravidade. As informações são do Daily Mail.
Com uma carreira consolidada nos bastidores das grandes produções de Hollywood — incluindo franquias de peso como Gladiador e Jurassic World, além de campanhas estreladas por nomes como Cristiano Ronaldo — Charlie vivia o auge profissional quando foi acometida pela doença.
Primeiros sintomas ignorados: um alerta para todos
A princípio, os sintomas pareciam inofensivos. Após a dor de cabeça, vieram enjoos intensos e vômitos ao amanhecer. O mal-estar a levou ao pronto-socorro, onde exames de imagem revelaram um sangramento no cérebro provocado por um tumor. Encaminhada com urgência para uma unidade especializada, exames complementares confirmaram a presença do glioblastoma.
Segundo especialistas ouvidos pelo jornal, esse tipo de tumor cerebral apresenta crescimento rápido, é difícil de ser removido cirurgicamente e costuma afetar funções motoras, cognitivas e comportamentais, dependendo de sua localização. A taxa de sobrevivência é baixa: 75% dos pacientes não resistem ao primeiro ano após o diagnóstico, e apenas 5% superam cinco anos.
Cirurgia acordada: desafio em meio ao risco
Charlie foi submetida a uma craniotomia acordada no último dia 15 de maio. Durante o procedimento, permaneceu consciente e respondeu a estímulos auditivos — como reconhecer músicas — para que os cirurgiões pudessem preservar áreas cerebrais ligadas à linguagem e à memória.
Apesar do oferecimento de quimioterapia e radioterapia pelo sistema público britânico (NHS), Charlie decidiu buscar uma terapia experimental na Alemanha. A abordagem usa células dendríticas para estimular o sistema imunológico a identificar e destruir células tumorais. Para isso, ela lançou uma campanha de arrecadação, com a meta de US$ 300 mil. Até o momento, mais de US$ 228 mil já foram doados, incluindo contribuições de colegas e admiradores de várias partes do mundo.
Mesmo internada, Charlie mantém sua criatividade ativa: recorta revistas e monta painéis de inspiração com ideias de projetos, receitas e compras. A expectativa agora se volta para a possibilidade de iniciar o tratamento na Alemanha. Enquanto isso, Charlie segue com reabilitação e monitoramento contínuo, amparada por uma comunidade global mobilizada em torno de sua recuperação.