
O câncer de colo do útero é um dos tumores ginecológicos mais comuns no mundo e, em sua fase inicial, pode não apresentar sintomas claros, dificultando o diagnóstico precoce. Foi o que aconteceu com a britânica Jasmin McKee, de 26 anos, que descobriu a doença em estágio avançado após meses atribuir os sinais a efeitos colaterais do dispositivo intrauterino (DIU). As informações são do Daily Mail.
Sintomas ignorados e diagnóstico tardio
Jasmin começou a apresentar sangramento após relações sexuais em fevereiro de 2024, poucas semanas após a inserção do DIU. Além do sangramento, a jovem enfrentava menstruações intensas, dores nas costas e fadiga constante, sintomas que atribuía a alterações hormonais e ao uso do dispositivo.
Na mesma época, Jasmin adiou o exame preventivo de câncer cervical por medo do procedimento. Somente meses depois, ao realizar o teste, os médicos identificaram alterações no colo do útero. Uma biópsia confirmou a presença de células com alto risco de se tornarem cancerígenas, e exames complementares revelaram um diagnóstico devastador: câncer cervical em estágio 3, com metástase para a parede pélvica e gânglios linfáticos próximos.
Tratamento difícil e preservação da fertilidade
Inicialmente, Jasmin recusou a histerectomia e a quimioterapia para manter a possibilidade de ter filhos, optando por um tratamento a laser. No entanto, o procedimento não eliminou completamente o tumor. Em fevereiro deste ano, ela iniciou radioterapia e congelou seus óvulos para preservar a fertilidade. Além dos desafios físicos e emocionais, Jasmin enfrenta preocupações financeiras devido ao tratamento.
Alerta para a prevenção
A história de Jasmin reforça a importância do diagnóstico precoce. "Sou grata por ter feito o exame de colo do útero. São literalmente 10 a 15 minutos do seu tempo e podem salvar sua vida", destacou.
O câncer de colo do útero está fortemente associado ao papilomavírus humano (HPV), uma infecção sexualmente transmissível. A vacinação é uma das formas mais eficazes de prevenção e está disponível gratuitamente no SUS para meninas e meninos de 9 a 14 anos, além de grupos de risco.
Fique atento aos possíveis sintomas:
Sangramento após relações sexuais;
Menstruações intensas e irregulares;
Dores pélvicas ou nas costas;
Fadiga persistente.