Alicia Duty Muller Veiga
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Alicia Duty Muller Veiga

A ex-estudante de medicina Alicia Duty Muller Veiga, condenada por estelionato após desviar R$ 927.765,33 arrecadados para a festa de formatura de uma turma de medicina da USP, obteve registro profissional como médica. O nome da jovem aparece no site do Conselho Federal de Medicina com inscrição ativa desde 26 de dezembro de 2024, sem especialidade definida.

A condenação ocorreu em julho do ano passado, quando a Justiça determinou pena de cinco anos de reclusão em regime semiaberto e o pagamento de indenização às vítimas. Apesar da decisão, o registro médico foi concedido, garantindo que Alicia possa exercer a profissão.

A defesa da jovem afirmou ao g1 que Alicia concluiu a graduação e tem direito ao esquecimento. “Ela não deve ser submetida a um linchamento público contínuo”, declarou o advogado Sérgio Ricardo Stocco, reforçando que a cliente cumpriu as obrigações legais.

Stocco citou o princípio do direito ao esquecimento, que visa evitar que erros do passado prejudiquem pessoas que já pagaram por seus atos. “Esse direito existe para garantir que indivíduos não sejam eternamente marcados por fatos antigos”, disse.

Relembre o caso

Alicia era presidente da comissão de formatura e foi investigada por desviar o dinheiro do evento. Durante as apurações, a polícia apreendeu um carro alugado, aparelhos eletrônicos e um caderno com anotações sobre o crime, onde a jovem expressava arrependimento e frustração por não recuperar o valor perdido.

A estudante alegou ter aplicado R$ 800 mil em uma corretora de investimentos, mas teria sido enganada pela empresa. A comissão de formatura denunciou o caso após mensagens no WhatsApp revelarem a justificativa da jovem para o sumiço do dinheiro.

Além dos investimentos malsucedidos, Alicia tentou recuperar o valor por meio de apostas na loteria. Comprovantes das apostas foram apreendidos pelas autoridades durante a investigação.

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