Robôs de IA substituem modelos de moda para produção de conteúdo mais rápida

A Mango é uma das marcas de moda que, de forma controversa, adotou a inteligência artificial, anunciando que utilizará a tecnologia de forma contínua

Modelos gerados por IA Aitana Lopez, Emily Pellegrini, Lexi Schmidt
Foto: Reprodução/Instagram
Modelos gerados por IA Aitana Lopez, Emily Pellegrini, Lexi Schmidt

A Inteligência Artificial (IA) está ganhando cada vez mais espaço no setor da moda, impactando até mesmo o trabalho de modelos humanos. Com o avanço da tecnologia, grandes marcas estão investindo em modelos gerados por IA para suas campanhas, o que representa uma mudança significativa na publicidade do setor de moda, avaliado em cerca de US$ 2,5 trilhões.

A varejista Mango foi uma das primeiras a adotar a inovação, apresentando bots glamourosos em uma campanha lançada em julho, pouco antes de registrar a maior receita em seus 40 anos de história. Segundo o CEO da Mango, Toni Ruiz, em uma entrevista ao New York Post, a decisão de utilizar modelos gerados por IA permite criar conteúdo de forma mais rápida e eficaz.


Esse mês, a empresa lançou uma nova campanha digital para o público jovem e pretende expandir o uso da IA para todas as suas coleções futuras. Além da Mango, marcas como Nike, Louis Vuitton e Levi Strauss & Co. também estão adotando essa tecnologia, buscando eficiência e inovação.

Um dos argumentos a favor da IA no setor da moda é o custo reduzido em comparação com modelos humanos. Enquanto modelos reais podem cobrar cerca de US$ 35 por hora, modelos virtuais gerados por IA são disponibilizados por agências a partir de US$ 29 por mês.

Ainda assim, a Mango garante que a tecnologia não substitui o talento humano, mas o complementa. Jordi Álex Moreno, diretor de tecnologia da Mango, afirmou que a IA atua como um "copiloto" para agilizar tarefas repetitivas, permitindo que a equipe foque em projetos de maior valor criativo.