Gisèle Pelicot
Reprodução/X
Gisèle Pelicot


O caso da francesa Gisèle Pelicot teve mais um desdobramento. Nesta segunda-feira (9), saiu a notícia que ela conseguiu o divórcio do marido, Dominique Pelicot, que está sendo acusado de dopá-la e de recrutar desconhecidos para que a estuprassem, durante dez anos.

De acordo com a AFP, o homem está sendo julgado com mais outros 50 réus, em um júri em Avignon, na França. O divórcio aconteceu no dia 22 de agosto, mas os advogados de defesa só divulgaram nesta segunda-feira a informação para o público. 

"Ainda antes de entrar na sala, conseguimos transmitir esta informação à nossa cliente e, de forma mais geral, a toda a família", explicou o advogado Antoine Camus, dizendo que o movimento tinha "um significado simbólico" para o caso. 

Entenda o caso

Gisèle Pelicot foi vítima de mais de 70 homens entre anos 2011 a 2020. Segundo as acusações, ela era dopada pelo seu marido, com quem era casada desde 1973, que chamavam outros homens para abusar da mulher. 

Quando soube dos abusos, em 2020, a vítima optou por usar seu nome de solteira. Entretanto, na semana passada, ela e os três filhos, frutos do seu relacionamento com Dominique concordaram em expor o sobrenome. 

Antes, eles tinham pedido para imprensa usar apenas os primeiros nomes dos envolvidos, pensando em preservar a imagem dos netos da mulher. Porém, após o depoimento de mais de duas horas de Gisèle, relatando seus mais de 200 estupros, eles mudaram de ideia. 

"Para os netos, no parque infantil, é um orgulho para eles serem netos de Gisèle Pelicot. Para eles, é importante que se torne um orgulho no parque infantil ter este nome, que hoje é um sobrenome de coragem encarnada e força sobre a vida", finalizou o advogado Camus.


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