Cirurgião plástico é acusado de matar a própria esposa em cirurgia

Hillary Ellington Brown, de 33 anos, foi levada ao hospital após uma parada cardíaca na clínica do marido

Cirurgião plástico é acusado de matar a esposa na própria mesa de operação
Foto: Reprodução/Ladbible
Cirurgião plástico é acusado de matar a esposa na própria mesa de operação

Um cirurgião plástico da Flórida, nos Estados Unidos, foi acusado de matar a própria esposa em sua mesa de operação.

A mulher, Hillary Ellington Brown, de 33 anos, teve uma parada cardíaca durante um procedimento feito na clínica do marido em novembro do ano passado. Ela foi levada ao hospital e morreu uma semana depois.

Benjamin Jacob Brown, de 41, foi preso nesta segunda-feira (17), acusado de homicídio e negligência médica.

Uma ordem emergencial de restrição foi colocada na licença médica dele em maio deste ano pelo Departamento de Saúde da Flórida, que revelou mais detalhes sobre o funcionamento de seu consultório.

Um relatório revelou que Hillary passaria por cirurgia no abdômen, lipoaspiração no braço, injeções nos lábios e "ajustes" de orelha.

Foi também revelado que ela – que não tinha formação médica – preparou a sua própria solução anestésica e ingeriu várias "pílulas multicoloridas, que incluíam diazepam [um sedativo que também tem efeito sobre a ansiedade]".

Hillary teria ficado "inquieta e seus pés começaram a se contorcer" durante um dos procedimentos. 

Depois, "[Ela] afirmou que sua visão começou a ficar embaçada. Inquietação, espasmos musculares e visão turva são todos os primeiros sinais de toxicidade da lidocaína [um tipo de anestésico local]", dizia o relatório, acrescentando que Brown continuou a injetar lidocaína em seu rosto.

Ela então começou a ter uma convulsão, O relatório indica que Brown disse "não" a um assistente quando sugeriram ligar para a emergência. Em vez disso, o cirurgião "gritou" com a equipe, questionando-os sobre os medicamentos que Hillary havia tomado.

Brown finalmente instruiu alguém a entrar em contato com os serviços de emergência cerca de 10 a 20 minutos após a convulsão. No entanto, Hillary jamais voltaria a recuperar a consciência.

Sua morte foi posteriormente associada a "complicações após toxicidade por lidocaína".

O Departamento de Saúde da Flórida escreveu: "O nível de desrespeito que o Dr. Brown prestou à segurança do paciente, mesmo quando o paciente era sua esposa, indica que o Dr. Brown não está disposto ou é incapaz de fornecer o nível adequado de atendimento aos seus futuros pacientes".

O cirurgião está atualmente na prisão aguardando uma primeira aparição diante de um juiz e do Ministério Público.

Após a prisão, o pai de Hillary, Marty Ellington, divulgou um comunicado a um jornal culpando Brown pela morte de sua filha. "Minha família vive em um mar de lágrimas por toda a eternidade devido às ações de um indivíduo descuidado", disse ele.

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