Como enfrentar a síndrome do fim do ano

Como não deixar o estresse e a ansiedade interferirem nas festas e nos planos para o próximo ano

Como não deixar o estresse e a ansiedade interferirem nas festas e nos planos para o próximo ano
Foto: FreePik
Como não deixar o estresse e a ansiedade interferirem nas festas e nos planos para o próximo ano

Fim de ano chegando e é hora de saber como não deixar o estresse e a ansiedade interferirem nas festas e nos planos para o próximo ano. É preciso enfrentar a síndrome do fim do ano, termo usado para descrever a intensificação de tristeza e de melancolia que algumas pessoas apresentam nesta época do ano, já que há muita expectativa nesse período para rever o que não foi realizado e planejar 2024.

Segundo Giuliana Cividanes, psiquiatra pela Santa Casa de São Paulo e consultora médica Libbs, as incertezas que cercam o futuro levam a uma nuvem de incertezas que causam insegurança e apreensão, gerando ansiedade. Espera-se muito do futuro, tanto que coisas ruins continuem acontecendo quanto que boas venham a acontecer e esse medo e desejo, geram apreensão. Mas a especialista aponta que é possível planejar o ano de forma mais leve, seguindo algumas dicas:  

Buscar metas que mais se ajustem ao seu estilo de vida

Focar esforços no caminho para alcançar seus objetivos

Estabelecer objetivos específicos e realistas

Revisar os objetivos periodicamente

Definir um período para se dedicar com exclusividade a um objetivo por vez

Criar um quadro para visualizar os objetivos. Quanto mais criativo melhor

Planejar a longo prazo e não só pensar em um período de um ano

Compartilhar as promessas com um amigo ou familiar para reavaliá-las de tempos em tempos

Para o psicólogo Felipe Lobo da UNIFESP e consultor Libbs, para alcançar os objetivos traçados para o próximo ano é fundamental buscar aqueles que mais se ajustem ao estilo de vida de cada um como, por exemplo, deixar a roupa da academia ao lado da cama, caso a promessa seja a de se exercitar logo cedo. Assim, as chances de desistir diminuem já que basta levantar da cama, se vestir e sair de casa.

O caminho pode ser o objetivo     

Uma outra dica do especialista é focar os esforços no caminho e não somente no objetivo. Assim, alcançar a meta será mais fácil pois a cada etapa vencida, a conquista estará mais próxima. “Todo compromisso exige ajustes, correção de rota e obstáculos não previstos. Por isso, fracionar as metas em etapas ajudará na conquista”, orienta.

Outra dica é estabelecer objetivos específicos e realistas e não se concentrar em apenas um deles, além de prestar atenção em todo o processo para reduzir as chances de frustrações. Se não aproveitar o caminho, a motivação diminuirá e as chances de desistir aumentarão. Uma dica é revisar periodicamente os objetivos. Assim, o que pode ser difícil de realizar no dia a dia vira um hábito. Mas, se estiver animado e quiser acelerar o processo, o segredo é estabelecer um período para se dedicar de cabeça. Exemplo: frequentar a academia três vezes por semana durante 100 dias. Ao final do período, as chances do compromisso se tornar um hábito aumentarão.

Visualizar os objetivos ajuda a definir metas

Outra sugestão do psicólogo é criar um quadro para visualizar as metas prometidas para o próximo ano. Quanto mais rico em imagens e frases, melhor as chances de alcançar os resultados. “É uma outra maneira de registrar a informação. Visualmente, o cérebro capta os dados e os absorve no inconsciente e, alinhado às ações, se transformam em verdade” explica Lobo. 

Também é interessante planejar a longo prazo considerando cada ano como uma etapa de um projeto maior. Assim, a sensação de frustração ao final de 12 meses é reduzida. Se considerar mudanças importantes ao longo da vida, pensando em 10 anos por exemplo, as metas anuais não funcionarão mais como ponto de chegada, mas, sim, como parte de uma visão de longo prazo mais fáceis de serem alcançadas. 

Uma última dica do especialista é compartilhar as promessas com um amigo ou familiar para que, de tempos em tempos, possam conversar sobre os compromissos almejados e para avaliarem juntos se as metas estão sendo possíveis de serem atingidas. “As promessas não precisam ser um peso. Por isso, devem ser compartilhadas e, se necessário, refeitas. Afinal, realizar sonhos faz parte da vida e para alcançá-los é necessário partir para a ação e até mesmo mudar de rota quando quisermos”, finaliza.

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