Atire a primeira pedra quem nunca ficou parecendo um camarão depois de tomar um banho de mar que durou o dia todo. Ou então quem nunca ficou sem dormir de tão ardido depois de passar horas lagarteando no sol... São situações que parecem engraçadas, mas que podem se tornar muito sérias, principalmente quando se repetem. A exposição ao sol sem proteção pode trazer consequências graves, incluindo o câncer de pele
Pensando nisso, o farmacêutico Mário Abatemarco, especialista da rede Farmácia Artesanal, listou os setes erros mais comuns na hora de se proteger do sol, para você entender como se proteger dos raios ultravioleta, manter a pele saudável, desacelerar os sinais da idade e se prevenir contra o câncer da pele.
O câncer de pele é provocado pelo crescimento anormal e desacelerado nas células da pele. Segundo projeções do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o Brasil deve registrar 185,6 mil novos casos da doença durante este ano.
O uso do protetor solar deve ser um hábito da rotina, como escovar os dentes. “A exposição solar em doses contínuas, mesmo que não cause queimaduras, colabora para o envelhecimento precoce e aumenta as chances de a pessoa desenvolver o câncer de pele ao longo dos anos. Isso porque a incidência da radiação UVA continua alta, mesmo nos dias nublados. A falta do filtro solar diariamente também pode causar manchas na pele”, afirma Abatemarco .
Nos dias de muito sol, é preciso aplicar o protetor a cada 30 minutos ou sempre que houver suor excessivo, seja na praia, na piscina ou ao se exercitar ao ar livre. Caso não esteja na água ou se exercitando, a reaplicação pode ser feita a cada quatro horas.
Existem muitos tipos de protetor solar no mercado, mas o ideal é investir naquele que seja adequado ao seu tipo de pele. Dê preferência àquele indicado pelo seu dermatologista.
“Os protetores físicos proporcionam uma camada que é responsável por refletir as radiações UVA e UVB, impedindo que esses raios atravessem a pele. No caso dos protetores químicos, os componentes conseguem absorver a radiação solar, impedindo assim que esses raios causem danos à pele”, destaca o especialista da Farmácia Artesanal. A maior parte dos protetores solares encontrados no mercado possuem uma combinação de filtros solares físicos e químicos, sobretudo os de maior FPS.
O ideal é usar um protetor próprio para o rosto. Cada região do corpo tem uma necessidade de proteção e de hidratação diferente. O rosto, por exemplo, pede uma composição mais leve, que não sobrecarregue os poros.
“É importante destacar que o uso do protetor solar não é apenas um cuidado estético, mas um cuidado com a saúde. Os casos de câncer de pele no Brasil não param de crescer e esse número continuará crescendo caso a população não se previna da maneira correta”, alerta o farmacêutico.
Embora seja recomendado tomar 10 minutos de sol todos os dias, prefira os horários com menor incidência de radiação solar, ou seja, antes das 10h e depois das 16h.
A exposição prolongada ao sol sem proteção também pode causar envelhecimento celular, melasmas, queratose, perda da elasticidade da pele e surgimento de rugas, além de catarata e outras lesões nos olhos.
O uso do protetor solar não deve ser deixado de lado, mesmo com as roupas com protetor UV. Mário Abatemarco afirma que sozinha a roupa não consegue proteger a pele totalmente. A proteção feita com o uso de roupas e chapéus é chamada de fotoproteção mecânica e é a forma mais comum de evitar os raios solares, mas, isso não é o suficiente contra a radiação ultravioleta (UV).
“Elas protegem bem, no entanto, é fundamental manter o uso do filtro solar”, destaca. Segundo Mário, os tecidos com proteção UV são capazes de bloquear radiação, mas, mesmo assim, uma parte desses raios, mesmo que em menor quantidade, ainda atinge a pele.
Todos precisam usar protetor solar, independentemente da cor da pele. Cada tipo de pele requer um cuidado especial, mas todas precisam de proteção. Busque o protetor ideal para o seu fototipo, mas jamais deixe de aplicar o protetor solar.