Perder a virgindade dói? Especialista comenta

Perder a virgindade representa uma experiência que ficará para sempre na recordação da mulher. Idealizar como, quando e com quem faz parte do imaginário feminino e vem logo seguido de uma pergunta: dói? É o suficiente para causar uma ansiedade que pode trazer medo e bloqueio em muitas mulheres

Mas, afinal, dói perder a virgindade?

A fisioterapeuta pélvica Débora Pádua, especialista em dor em relações sexuais, explica que essa é uma pergunta impossível de responder. Segundo ela, cada mulher irá descobrir seu limite conforme a dor e sentirá isso de forma única. “Mas vários fatores importam no momento: a conexão com o parceiro, o quanto ela está se sentindo segura e, do aspecto fisiológico, o quanto ela está estimulada sexualmente para ter lubrificação suficiente para tornar a penetração mais confortável”.

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Não conseguir na primeira tentativa é absolutamente normal e toda a experiência para as próximas tem que ser um processo sem pressa de vencer etapas com confiança e naturalidade

“É compreensível que as próximas tentativas sejam cercadas de mais expectativas e isso pode significar mais tempo para a mulher se sentir preparada ou, em algumas mulheres, pode até gerar mais bloqueios e frustrações para perder a virgindade”, aponta a especialista.

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Mas cuidado...

Conversar sobre o assunto e trocar experiências nem sempre é a solução, principalmente, se a mulher for se comparar com outra. Débora ressalta que a experiência é única e envolve os próprios fatores emocionais e biológicos para vivenciar esse momento.

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Mito

"É um mito acreditar que sempre vai doer para perder a virgindade. Ou que o hímen será rompido — o que caracteriza fisiologicamente a mulher deixar de ser virgem, e ainda, que sangrará na primeira vez. Mas ao sentir frequentemente dor ou incapacidade para permitir a penetração, a mulher pode estar enfrentando um problema de vaginismo", alerta a especialista.

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Casos e casos

"Algumas mulheres realizam exames ginecológicos, mas não conseguem ter uma relação sexual. Outras que já se iniciaram sexualmente conseguem ter somente penetração parcial porque sentem dor. Também há casos de mulheres que são casadas e continuam virgens porque não permitem a penetração”, completa.

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Fisioterapia pélvica

Débora Pádua afirma que a fisioterapia pélvica — uma especialidade que tem como objetivo avaliar, prevenir e tratar todos os distúrbios associados à musculatura pélvica — pode ajudar a trabalhar com técnicas e exercícios específicos para tratar a dor na relação e distúrbios sexuais como vaginismo, dispareunia e disfunção erétil.

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Existe solução

“Somente um profundo conhecimento da fisiologia da mulher e todos os aspectos que envolvem a questão, como apoio psicológico e médico, quando necessário, é que conseguimos compreender verdadeiramente a mulher que esteja passando por esse problema, que tem sim solução e que tira a tranquilidade de toda mulher que sofre com a dor”, finaliza.

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