Balaclava: tendência rende polêmica e web cita privilégio branco

Vídeo feito por influencer dividiu opiniões na internet; entenda

Influencer Malu Borges irá lançar uma coleção de balaclava
Foto: Reprodução/TikTok
Influencer Malu Borges irá lançar uma coleção de balaclava

A balaclava foi um acessório muito usado em exércitos durante as guerras e que em 2021, ganhou força no mundo fashionista. O gorro lembra uma "touca ninja", cobre os cabelos e queijo, deixando apenas uma parte do rosto à mostra. A tendência fashion começou no hemisfério norte e também chegou ao Brasil.

A influencer Malu Borges, q ue também viralizou após comprar uma bolsa "toalha" , voltou a ser assunto na internet após montar um look com a balaclava. Além disso, ela também lançará uma coleção do acessório, que é bege e tem pedras coloridas bordadas. Internautas ficaram muito divididos sobre o acessório, enquanto uns elogiaram o look, outros relembraram que a balaclava faz parte do privilégio branco. 

Em 9 de fevereiro, o ex-BBB João Luiz já havia comentado que o acessório pode ser perigoso. "Gente, balaclava é uma coisa que na rua só branco pode usar, né", tweetou. As respostas foram divididas. "Desculpa, professor, mas não acho que deve ser assim. Qualquer um que queira pode usar. Isso não é privilégio dos 'brancos'", comentou uma usuária do Twitter. 

"Sendo negro, eu não tenho confiança nenhuma de usar algo parecido com isso em público", rebateu outro internauta. A polêmica em questão se dá pelo racismo presente na sociedade. Internautas apontaram que enquanto uma pessoa branca usa o acessório e não corre riscos, os negros são associados a bandidos. "Se com uma marmita confundem com armamento, imagina aí com balaclava", disse outro. 

Além disso, internautas também citam que enquanto a balaclava é aclamada, o hijab, vestimenta usada por mulheres muçulmanas que cobre os cabelos e o pescoço, é criticado e muitas vezes promove a xenofobia. A tiktoker muçulmana Tayah explicou que a problemática da questão é usarem a balaclava e acharem legal, enquanto o hijab é visto como algo "processo torturante, que todas odeiam e que elas fazem por Deus".