Ana Paula Barroso, delegada negra da Polícia Civil do Ceará, foi barrada de entrar em uma loja em Fortaleza e acusou a segurança do estabelecimento de racismo. De acordo com a delegada, ela foi impedida de entrar na loja por "questões de segurança" e disse que questionou a segurança da loja diversas vezes, mas seguiu barrada.
A polícia solicitou as imagens das câmeras de segurança logo após a denúncia da delegada, mas a loja se recusou a entregar os vídeos. Foi necessário um mandado de busca e apreensão do Poder Judiciário para conseguirem as evidências.
Em entrevista ao Diário do Nordeste, Anna Nery, delegada que está investigando o caso, contou que Barroso poderia ter dado voz de prisão. “Quero deixar claro que, em nenhum momento, ela se identificou. Ela poderia inclusive ter dado voz de prisão em flagrante por sua autoridade policial, mas, em razão de ter ficado extremamente consternada pela situação, de ter ficou em choque por precisar passar por uma situação dessas em pleno século XXI, não deu voz de prisão", afirmou.