10 dicas para superar o fim de uma relação

Todo término é sempre devastador, não há dúvidas. Mas saiba que sempre dá para sacudir a poeira e dar a volta por cima

O psicanalista indiano Wilfred Bion escreveu uma tese intitulada: Como tirar proveito de um mau negócio. Após a fase ninguém-me-ama-ninguém-me-quer e a deprê que todo fim de relação traz junto, sempre dá para dar a volta por cima.

Às vezes o próprio sofrimento serve de impulso para enxergar novidades bem mais interessantes; em outras, ele serve como liçãozinha para não repetir algumas atitudes completamente descartáveis.

Olhe para você, olhe em volta, enxergue o mundo! Confira as dicas de como voltar è vida e, quem sabe, descobrir que ela é muito melhor sem ele.

1. Doença de amor só se cura com outro
A jornalista e escritora Renata Rode, autora do livro Separado e Daí (Ed. Parêntese), dá a primeira dica: Ninguém morre de amor e muito menos de separação. Se não tiver bichinhos de estimação, compre ou adote. Além de ocupar seu tempo, ele dará a você companhia e o que fazer te tirando de casa pra levá-lo pra passear, por exemplo. E, quem sabe, sendo garantia da próxima paquera no parque... Já dizia a sábia canção: 'doença de amor só cura com outro'

2. Melhore a sua imagem no espelho
Mudar o visual sempre funciona. Você se livra daquela carinha de sofredora desolada e ainda por cima não tem que encarar a velha imagem de quando namorava no espelho. Corte o cabelo de forma arrojada, troque o castanho sem cor por um loiro platinado, faça uma tatuagem. Dê uma de Luana Piovani. Toda vez que a atriz termina um namoro, aparece com um visual novo e sempre mais bonita!

3. Assuma o controle remoto
Invista em você e faça tudo o que o outro não te deixava fazer, recomenda Renata. Seja dona do seu nariz. Se der na telha, saia com as amigas para beber até cair ou se jogue numa pista de dança até as cinco da manhã. Também vale passar dia inteiro moscando na frente de uma pilha de dvds com o rico cardápio: refrigerante + pipoca + chocolate, sem ouvir nenhum comentário sobre suas tolas comédias românticas alugadas, emenda a escritora.

4. Lembre-se de que nada é para sempre
A escritora Ailin Aleixo dá uma ótima pista em uma de suas crônicas (Viva e depois esqueça): É útil jamais perder de vista um detalhe, afixá-lo no espelho do banheiro, repeti-lo como um mantra: absolutamente nada é para sempre, nem mesmo os sentimentos que parecem ser (a vida seria um lago estagnado se só existisse o perene). Nunca mais haverá amor como aquele? Ótimo, porque o novo é tão imenso que seria um desperdício se algo se repetisse. Todo mundo passa. E é bom que seja assim.

5. Acerte um alvo
Dar uma de metralhadora giratória pode funcionar. Atire para todos os lados, se jogue. Lembra daquele cara estranho que sempre te dava carona? Quem sabe ele não é o rei do sexo e vai te mostrar coisas incríveis na cama! Perdeu a esperança nos homens? Bom, ir com as amigas a uma balada gay pode ser surpreendente!

6. Volte para o ninho, pelo menos um pouquinho
Mãe nessas horas se transforma em santa! Passe um fim de semana recebendo carinho, mimos e aquela sua comidinha preferida. Durma na cama que você usava quando criança (ainda bem que ela não desmontou o seu quartinho, né?) e abrace seu velho ursinho que te protegia do bicho papão. Família nessas horas pode ser um excelente remédio. Mas se a sua mãe for daquelas que são loucas pelo ex da filha... Não dê notícias por seis meses!

7. Terceirize a faxina
Nada de organizar a casa! Arrumar CDs e estante de livros é morte na certa. Você sempre vai encontrar um bilhetinho antigo no meio ou lembrar daquela música que vocês adoravam ouvir enquanto preparavam o jantar. A dica aqui é investir uma graninha na faxineira e pedir pra ela criar uma nova arrumação pra casa. Se encontrar alguma coisa que pertença ao ex, peça pra ela enfiar numa caixa, escrever CHINA e colocar no correio.

8. Mantenha-se ocupada
Ocupe o tempo que tinha livre para ele com qualquer outra atividade que te dê prazer. A jornalista Renata Rode dá os palpites: Um curso intensivo de leitura de mãos, um intercâmbio urbano em spa com tratamentos por um mês e meio ou um novo hobby. Assim você evita de ficar pensando no infeliz e não corre o risco de ligar correndo pra ele quando a saudade bater.

9. Respeite seus limites
A psicoterapeuta de casais e família Jacy Bastos lembra que quebrar o vínculo com quem se foi tão íntimo é quase impossível. O tempo cura isso e o distanciamento é inevitável, mesmo que a separação tenha sido amigável. É, acima de tudo, essencial para o recomeço da sua vida, diz ela. Ela recomenda que você não se sinta na obrigação de entender tudo, compreender o que o outro sente, o que está acontecendo e nem se culpe por ataques de ciúmes e posse.

Tente ser amigável, sim, mas respeite seus limites. Se você sofre ao ouvir que o outro saiu com amigos, não pergunte e não procure saber. Do lado oposto, não nutra ódio ou revanche. No fundo esses sentimentos também são a maneira, negativa, de não cortar o vínculo ¿ e cortar o vínculo é um processo lento, doloroso e necessário. Melhor não falar com o ex do que ficar brigando e tramando vingança. Melhor para você.

10. Viaje para aquele lugar que sempre quis conhecer
Se tiver um pé de meia ou, no mínimo, coragem para se lançar no desconhecido, faça como a jornalista norte-americana Elizabeth Gilbert: para superar as crises vindas com o fim de seu casamento ela fez uma viagem de um ano pelo mundo, sozinha. Além de se curar daquelas dores, a escritora conheceu pessoas ainda mais interessantes, escreveu um livro que virou best-seller (Comer, Rezar e Amar), ficou rica e famosa e, de quebra, conheceu um novo amor.

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