Uma família americana cuidou de uma bebê por mais de 15 dias após sua morte. Evlyn, filha de Attila e Charlotte Szakacs, nasceu com uma rara anormalidade cromossômica e morreu quatro semanas após o nascimento. Porém, ela passou mais de duas semanas com os pais para que eles pudessem se despedir dela.  

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A família passou mais de duas semanas cuidando da bebê.
Reprodução/ DailyMail
A família passou mais de duas semanas cuidando da bebê.


A doença

A família  recebeu a notícia de que Evlyn tinha uma translocação cromossômica desequilibrada. Ou seja, a bebê apresentava uma condição genética que faz com que dois cromossomos mudem de lugar, o que causaria sérias consequências ao desenvolvimento dela. 

Evlyn nasceu com o cérebro subdesenvolvido, com as vias aéreas e aorta estreita. Por conta disso, o bebê não poderia respirar sozinho e também não havia como fazer uma cirurgia cardíaca. Segundo os médicos, ela enfrentaria uma vida com problemas de audição, visão, fala e apresentaria gravez deficiências mentais e físicas. "Ela faleceu apenas alguns minutos depois de tirar o tubo de respiração. Ela estava tão fraca que não respirou sozinha", disse Charlotte ao site "Daily Mail".

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Após a morte

Mesmo após a morte da pequena Evlyn, os pais passaram mais 15 dias cuidando da bebê. Isso foi possível graças à tecnologia de um berço especial que tem uma temperatura adequada. Assim, há a possibilidade de passar mais tempo com os bebês em situações como a de Evlyn em casa ou no hospital e se preparar para a despedida. "Alguns pais nos dizem que passar um tempo a mais com seus bebês é uma forma de ajudá-los com o processo de luto", diz a médica Clea Harmer.

"Acho que ter o tempo com ela fez toda a diferença", desabafou a mãe. "Nunca me senti como uma mãe. Sinto como quando eu estava grávida e tinha todas as coisas prontas para Evlyn, mas agora eu não estou mais grávida. É difícil de explicar, não me sinto real. Sinto apenas um vazio", completou.

Depois do tempo, a família se separou da filha morta. Para eles, manter Evlyn no hospital seria uma atitude egoísta. "Essa é uma das decisões mais difícies que os pais podem tomar", disse a mãe. 

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