O coletor menstrual parece ter chegado para solucionar o problema de muitas mulheres que se sentem desconfortáveis usando absorventes externos e internos e até mesmo para tentar amenizar os impactos ambientais causados por esses produtos . Entretanto, e se um dia você está com ele lá dentro, passa mal e fica desacordada? Será que algum médico vai pensar em verificar se você está usando um desses "copinhos"?

Coletor menstrual surgiu como uma possível solução para mulheres que não gostam de absorventes internos e externos
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Coletor menstrual surgiu como uma possível solução para mulheres que não gostam de absorventes internos e externos

Foi pensando nisso que algumas mulheres criaram uma espécie de “carteirinha de emergência” para esse tipo de problema. Funciona da seguinte forma: você imprime o aviso de que está usando o coletor menstrual e deixa na sua carteira ou na bolsa durante o período menstrual ou o tempo que for usar o produto.

Caso você se envolva em algum acidente ou acabe passando mal, principalmente se estiver sozinha ou viajando para outro país, os socorristas poderão encontrar o aviso quando forem olhar seus documentos e saberão que devem retirar o coletor para evitar maiores problemas.

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Dá para plastificar a carteirinha e deixar junto com o RG ou passaporte, por exemplo. Caso você viaje para fora do país é preciso lembrar que o aviso deve ser na língua local. Se o destino é os Estados Unidos, por exemplo, o alerta deve ser escrito em inglês. 

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Imprima o aviso sobre o uso do coletor, plastifique e guarde junto com os seus documentos quando estiver com ele
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Imprima o aviso sobre o uso do coletor, plastifique e guarde junto com os seus documentos quando estiver com ele


É realmente necessário?

O coletor pode ficar dentro do corpo por até 12 horas. Mais do que isso pode favorecer o desenvolvimento de infecções . E esse é o medo das mulheres que estão deixando o alerta na bolsa.

De acordo com Mariana Betioli, sócia-fundadora da marca Inciclo, todos os procedimentos feitos em uma mulher no caso de uma emergência devem incluir a possibilidade dela estar usando um produto interno. “Não que eu seja contra o uso da carteirinha, mas ela não é indispensável.”

Já Leila Domingues de Oliveira Correa, ginecologista, obstetra e mastologista do Hospital Sírio-Libanês, é mais a favor do uso da carteirinha. “Durante o atendimento não ginecológico não dá para ver o coletor, então o uso do alerta dá uma segurança maior. Principalmente se a mulher sofre um acidente e vai para um pronto-socorro não ginecológico.”

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Apesar do absorvente interno também ser uma preocupação, o produto pelo menos tem aquela cordinha que fica visível na mulher. Entretanto, o risco de infecção é até maior que no caso do ‘copinho’. Se no coletor menstrual o problema são as bactérias que se desenvolvem em ambientes anaeróbios – sem oxigênio –, no absorvente interno também tem a questão do oxigênio e do algodão, que podem provocar outras infecções.

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