As dietas milagrosas estão em todos os lugares e prometem resultados inacreditáveis em um prazo curto. Mas será que elas funcionam mesmo? Para emagrecer, muito além das mudanças alimentares e no estilo de vida, é preciso que o funcionamento do organismo esteja em dia, principalmente o sistema hormonal.
"Os hormônios são substâncias químicas responsáveis por controlar diversas funções do nosso corpo. Elas são produzidas e lançadas no sangue pelo sistema endócrino ou por neurônios especializados, funcionando como um sinalizador celular", explica a endocrinologista e especialista em emagrecimento Bruna Marisa.
Embora existam muitos hormônios, alguns são mais importantes quando o assunto é emagrecer, portanto, eles precisam estar regulados para haverem resultados satisfatórios na balança. Veja quais são eles!
Tireoide: os hormônios da tireoide possuem grande influência sobre o metabolismo do corpo, por isso são capazes de interferir diretamente no processo de emagrecimento ao deixá-lo mais lento. O hipotireoidismo, por exemplo, causa essa dificuldade para emagrecer, mas não deve ser culpado por ganhos excessivos de peso. "Dizer que ganhou 10 ou 20 quilos por problemas na tireoide é falso. Nesses casos, pode haver uma junção do hipotiroidismo mal controlado com a má alimentação, os gastos energéticos e a falta de atividade física", pontua a médica.
Testosterona: a substância também é parte integrante de todo o processo, dado que é a responsável direta pelo ganho de massa magra e a redução do percentual de gordura. A especialista alerta que algumas medicações, porém, podem afetar os níveis da testosterona no corpo, como o uso de anticoncepcionais, já que estes apresentam hormônios femininos capazes de interferir diretamente na testosterona. Para essas situações, o ideal é fazer um acompanhamento médico que vise interpretar e dosar esses hormônios, de modo a auxiliar no emagrecimento.
Cortisol: produzido pela parte superior da glândula suprarrenal, o cortisol é uma resposta do corpo ao estresse. Além disse, ele também é considerado um hormônio contrarregulador que aumenta a glicose. Ou seja: o estresse aumenta o cortisol que, consequentemente, aumenta a glicose.
Mesmo sabendo que esse nervoso pode ser um inimigo na hora de emagrecer, não se estressar pode parecer uma opção bem difícil. "O segredo é saber gerenciar esses conflitos e lidar com os problemas ao invés de ficar apenas remoendo. A diferença está em como você vai encarar e reagir aos acontecimentos para que isso não interfira negativamente na sua saúde", aconselha Bruna.
GH: esse hormônio é responsável pelo crescimento e por estimular a reprodução celular. Seu funcionamento precisa estar adequado para que o metabolismo haja corretamente, assim como a ação de quebra das gorduras, que facilita na hora de emagrecer. A produção do GH acontece em picos e durante a noite, por isso, ela dependerá da qualidade e tempo de sono. Assim, a endocrinologista adverte que as pessoas que dormem mal, estão sempre cansadas ou despertam várias vezes podem estar passando por uma carência hormonal, o que afeta diretamente o emagrecimento.
A reposição hormonal
Os checapes de rotina são uma peça fundamental para checar os níveis hormonais e o funcionamento do organismo como um todo. Esses exames podem denunciar alguns problemas existentes ou até mesmo preveni-los, servindo como um guia para o médico quanto ao tratamento mais indicado.
"Depois de uma minuciosa avaliação médica, se for preciso, a reposição hormonal, tanto feminina quanto masculina, pode ser feita, principalmente quando repercute no corpo e também na mente, porque ela está totalmente ligada aos hormônios", orienta a especialista em emagrecimento.
Fonte: Bruna Marisa, médica endocrinologista e especialista em Emagrecimento e Low Carb.