Embora cerca de 38 milhões de brasileiros sofram com a pressão alta, segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), muitos não conhecem a doença, tampouco sabem maneiras efetivas de tratamento e prevenção.
A hipertensão é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma doença caracterizada pelo aumento crônico da pressão arterial sistólica e/ou diastólica. Assim, pessoas que apresentam essa elevação acabam muitas vezes sofrendo desse mau sem saber que a condição é considerada uma patologia.
Entenda mais sobre a doença
O primeiro ponto importante para saber mais sobre o assunto é entender quando se deve procurar ajuda médica. De acordo com o cardiologista Hélio Castelo, intervencionista do Grupo Angiocardio, até mesmo os picos de pressão isolados e esporádicos precisam ser investigados, pois já aumentam o risco para infarto e AVC. Além disso, esses eventos tendem a tornarem-se repetitivos e mais frequentes a longo prazo.
A principal dúvida a respeito da enfermidade é o quadro de sintomas: o que, de fato, pessoas com hipertensão sentem?
A resposta para essa questão é complicada, visto que em alguns organismos ela pode manifestar-se de maneira silenciosa, assim, o acometido será assintomático. No entanto, vale ressaltar os principais sintomas, que são "dor de cabeça frequente - principalmente na nuca, cansaço para esforços, inchaço nos pés, dor ou pressão no peito, alterações na visão, tontura, desmaio e sangramento nasal", como pontua Castelo.
Fatores de risco
Apesar de qualquer pessoa poder apresentar esse distúrbio , o especialista alerta que alguns indivíduos estão mais propensos do que outros devido aos seguintes fatores: hereditariedade (ter familiares próximos com a doença, especialmente aqueles que não são idosos), problemas renais, obesidade, tabagismo, ter mais de 60 anos, idade reprodutiva para os homens e terceira idade para as mulheres.
Prevenção e tratamento
Caso você se encaixe no grupo de risco, os cuidados devem ser redobrados. É imprescindível ter cuidados preventivos, como medir a pressão frequentemente de modo a monitorá-la. A detecção precoce é uma poderosa aliada no tratamento e controle da hipertensão, segundo o médico.
Por se tratar de uma patologia crônica, a hipertensão não tem cura, mas pode e deve ser acompanhada por um profissional da saúde. Apenas um especialista saberá o que é melhor para o paciente, especialmente por cada um apresentar a doença de uma maneira diferente e ter outras necessidades e particularidades.
"Mudar o estilo de vida, incluindo ter hábitos alimentares mais saudáveis , praticar atividades físicas regularmente e parar de fumar, por exemplo, são as maiores indicações tanto para tratá-la, evitando complicações e picos, quanto para preveni-la", assegura o cardiologista.
Alguns casos, no entanto, precisam ser tratados com o auxílio de remédios de uso contínuo: "Dependendo do diagnóstico, o profissional poderá receitar medicamentos ou até mesmo alternativas adicionais que vem sendo desenvolvidas, como a denervação renal", conclui Castello.
Consultoria: Dr. Hélio Castello, médico cardiologista e intervencionista do Grupo Angiocardio.