Entenda o tratamento de fertilização realizado por Gabriela Pugliesi
Reprodução: Alto Astral
Entenda o tratamento de fertilização realizado por Gabriela Pugliesi

Ao anunciar sua separação com Erasmo Viana , Gabriela Pugliesi comentou que iniciou um processo de fertilização in vitro.

Segundo ela, até agora todas as tentativas foram frustradas e muito difíceis. "Meu corpo mudou completamente, fiquei com celulite até o joelho, minha cabeça pirou. Tinha dias que eu tava com depressão e outro tava radiante. São muitos picos hormonais. É como se fosse uma TPM eterna", desabafou.

Gabriela afirmou que o agora ex-casal queria muito ter filhos e um acontecimento, que levou ao fim do matrimônio, dificultou ainda mais esse momento de tentativa de gestação.

"Achei que tinha algum problema, alguma dificuldade, alguma coisa de errado comigo. Não tinha nada. Fui para mais uma nova tentativa. Foi tudo diferente. Outros hormônios, outra estratégia, outro timing, enfim. Foi incrível. Aspirei uns onze óvulos. Deu cinco embriões, já estavam aprovados. Eu ia ter colocado um embrião ontem. Teoricamente, eu ficaria grávida ontem”, explicou ela.

A influencer comentou que retomou uma bateria de testes para entender ou criar nova estratégia para ter o sonhado filho.

O processo

Segundo o ginecologista e obstetra Dr. Geraldo Caldeira, o procedimento é a fertilização dos óvulos da mulher em laboratório, fora do corpo dela. O embrião é transferido para o útero depois de 5 dias que foi feita a parte laboratorial. A fertilização é realizada em etapas.

Primeiramente, faz-se a estimulação da ovulação da paciente com injeções subcutâneas diárias, durante cerca de 10 dias. É feito o acompanhamento por meio do ultrassom, para ver quantos óvulos vão crescendo em cada ovário.

Quando os óvulos estão maduros, a mulher é submetida a uma sedação, semelhante à da endoscopia. Então, os óvulos são colhidos via transvaginal, através de uma agulha fina e comprida que os aspira de dentro dos folículos ovarianos.

Esses óvulos são postos no laboratório e é feita a coleta de sêmen do parceiro. No mesmo dia, ocorre a fertilização desses óvulos e após 5 dias, temos o blastocisto. "É uma espécie de embriãozinho do quinto dia, que é transferido para dentro do útero ou pode ser congelado", explica Dr. Geraldo.

Riscos

Os riscos hoje em dia são mínimos. Entretanto, o que pode acontecer é a paciente ter uma infecção, dor abdominal, líquido na barriga ou um hiperestímulo, quando fica um número muito grande de óvulos e o ovário fica grande.

Também pode ter, eventualmente, um sangramento intra-abdominal. No entanto, a técnica é muito segura e tranquila. "São feitos vários casos por mês", assegura o médico.

Além disso, não há contraindicação.

O nível hormonal é alto, mas são só durante 10 dias. Até a coleta dos óvulos é ameno. Se sentir algum efeito, a mulher pode ter inchaço na barriga, um pouco de dor na mama.

Hormônios

Depois que os embriões são transferidos, ela tem que usar estrógeno e progesterona. Neste ponto, pode ter os efeitos indesejáveis. São semelhantes aos de uma paciente que toma pílula anticoncepcional.

"A parte psicológica é a mais importante, porque a paciente faz aquilo com a certeza que vai obter resultado e não existe taxa de gravidez melhor que cerca de 60% quando é ovodoação", alerta Dr. Geraldo

Eficácia

Nem todas as pacientes vão ficar grávidas. Por mais exames que sejam feitos e cuidados tomados, algumas acabam menstruando e não têm o tão desejado exame de gravidez positivo. Isso do ponto de vista emocional é muito ruim.

"O desgaste psicológico acaba sendo muito maior do que o de tomar hormônios e ter os sintomas de TPM , irritabilidade e afins", completa o ginecologista.

Consultoria: Dr. Geraldo Caldeira / ginecologista e obstetra membro da FEBRASGO e Sociedade Brasileira de Reprodução Humana. Médico do Serviço de Reprodução Humana do Hospital e Maternidade Santa Joana.

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