Após dois anos de campanha, encabeçada pelo movimento Somos Madrastas, o Google finalmente removeu o significado pejorativo da palavra "madrasta". Agora, o resultado passa a ser equivalente ao de "padrasto": "mulher em relação aos filhos anteriores da pessoa com quem passa a constituir sociedade conjugal".
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Anteriomente, ao se pesquisar o termo "madrasta" no buscador, o Google exibia a seguinte definição: "aquilo de que provêm vexames e dissabores em vez de proteção e carinho". Outro significado atribuído à palavra era: "mulher má, incapaz de sentimentos afetuosos e amigáveis". Ambos foram removidos do dicionário Oxford, parceiro do Google.
A palavra "madrasta" deriva do latim "matrastra", que significa "mulher do pai". A notícia foi comemorada por Mari Camardelli, líder do Somos Madrastas, pelas redes sociais: "Esse é um passo importante para a inclusão dos arranjos familiares contemporâneos", disse ela.
Esta não é a primeira vez que o Oxford Languages, que alimenta a base de dados do Google, altera algum significado após pressões nas redes sociais. Em 2020, o dicionário mudou o resultado exibido para a palavra "patroa", depois de receber duras críticas, inclusive, das cantoras Anitta e Luísa Sonza.
Inicialmente, a definição de "patroa" no Google era: "mulher do patrão" e "dona de casa". Agora, quem pesquisa o vocábulo na plataforma encontra a seguinte explicação: "Proprietária ou chefe de um estabelecimento privado comercial, industrial, agrícola ou de serviços, em relação aos seus subordinados; empregadora".
O mesmo aconteceu com o termo "professora", que além do significado tradicional, "mulher que leciona", era definido como "prostituta que inicia os adolescentes na vida sexual". Após repercussão negativa, a definição que continha conotação sexual foi excluída em 2019.
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