Divórcio digital: aplicativo facilita parentalidade após a separação
FreePik
Divórcio digital: aplicativo facilita parentalidade após a separação

Desde 2014, com a sanção da Lei 13.058, a guarda compartilhada se tornou obrigatória no País, respondendo por quase 100% das decisões judiciais Brasil afora. E, cada vez mais, soluções digitais têm surgido para facilitar o cuidado com os filhos por casais divorciados. É o caso do aplicativo Os Nossos. 

Entre no  canal do iG Delas no Telegram e fique por dentro de todas as notícias sobre beleza, moda, comportamento, sexo e muito mais!

Criado em 2020 pela advogada de família Dora Awad, em parceria com outros sócios, o aplicativo tem um propósito aparentemente simples, mas que na realidade mostra-se desafiador: facilitar a comunicação entre pais separados, auxiliando na tomada conjunta de decisões, na organização da convivência e no compartilhamento dos custos envolvidos na criação dos filhos.

“Vivemos na era da parentalidade digital, em que a internet e a tecnologia se tornaram centrais no cuidado com os filhos. E isso se aplica também às famílias em que os pais são divorciados. O aplicativo ajuda a criar um ambiente seguro para a tomada de decisões, resguardando o jovem e a criança e ajudando a minimizar os efeitos de uma relação que nem sempre é amigável entre os genitores”, explica Dora. 

De acordo com ela, Os Nossos foi estruturado em quatro grandes funcionalidades: divisão de despesas, calendário de convivência, conversas  e tomada de decisão.

Advogada de família há 15 anos, Dora é especialista em mediação de conflitos familiares. Sua experiência na área foi o que a motivou a criar o aplicativo, como forma de pacificar a relação por vezes conturbada entre casais divorciados, “que é ruim para todos, especialmente para os filhos”. 

Os usuários de Os Nossos são casais que querem uma melhor gestão da guarda e mais agilidade para decidir sobre o futuro do jovem ou da criança. “O aplicativo evita também que demandas mais simples vão parar na justiça. Tem casos, por exemplo, de judicialização para saber quem vai comprar o material escolar do filho. Até um juiz decidir, o ano letivo já acabou”, observa Dora.

É por isso que, para 2023, ela e os sócios estão planejando vender licenças corporativas de Os Nossos para escritórios de advocacia e tribunais de justiça. O objetivo é reduzir a burocracia e seguir uma tendência já existente hoje no judiciário brasileiro de priorizar ferramentas conciliatórias. 

Acompanhe também perfil geral do Portal iG no Telegram !

“Para o advogado, a solução é muito positiva, pois o libera das questões do dia a dia das famílias . Muitas vezes, temos que atuar como secretários ou garotos de recados entre pais indispostos a conversarem um com o outro. Como o aplicativo foca no cuidado do filho, ajuda bastante. Já para os tribunais, significa não perder tempo com decisões que, na prática, não são de natureza legal”, defende.


    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!